Composto por dois volumes distintos – a administração, feita em concreto aparente moldado in loco, e a área produtiva na parte posterior, resolvida como um prisma regular em estrutura pré-fabricada –, o edifício da indústria nacional de cosméticos Fator 5 está localizado em São Paulo, próximo à rodovia Presidente Dutra.
O projeto arquitetônico, assinado pelos arquitetos Roberto Loeb e Luis Capote, do escritório Loeb Capote Arquitetura e Urbanismo, foi desenvolvido em 2006 e teve como base conceitos da sustentabilidade. “Nos preocupamos com o meio ambiente e com as pessoas que trabalhariam lá. Optamos por espaços abertos, luminosos e bem resolvidos, levando em conta o conforto, o bem-estar, e o respeito à paisagem e à luz natural”, disseram os autores.
Com o programa verticalizado, a fábrica da Fator 5 foi dividida em duas áreas evidentes. Na parte frontal, a equipe optou por deixar o bloco administrativo, com quatro pisos, onde estão os ambientes para funcionários e revendedores – treinados em um auditório de 140 lugares. A pedido dos clientes, uma capela em concreto, com limites curvos e pé-direito, foi construída no térreo, sendo utilizada como espaço de meditação.
“A funcionalidade da área industrial, com docas, armazenamento, envasamento e produção, contrasta com a plástica do bloco administrativo que faz a frente do terreno. Nele, as formas curvas da cobertura e dos brises-soleils criam um impacto direto na paisagem de Arujá”, explicam os sócios.
Na área posterior, fica o galpão industrial, com dois pisos, dividido verticalmente por uma parede com aberturas circulares, setorizando a área de estoque, ao fundo, e a de produção, na frente. A produção dos cosméticos ocorre no pavimento mais alto, onde está o depósito, a área de fabricação e um mezanino com o escritório do setor de produção. No térreo, são concluídas as etapas de envasamento, estoque de produtos prontos e expedição.
Entre os dois volumes do edifício há um jardim interno e a torre de circulação vertical. O projeto arquitetônico dos arquitetos Loeb e Capote foi concebido de modo a integrar o prédio à natureza, sem agredi-la.
O pé-direito alto foi projetado para melhorar a circulação do ar e o aproveitamento da iluminação externa. De acordo com os arquitetos, em um prédio bem ventilado e bem iluminado, é possível reduzir o uso de ar condicionado e de luz elétrica, diminuindo o consumo de energia e trazendo bem-estar a todos que passam o dia naquele ambiente.
Nesse projeto da Fator 5, a Loeb Capote Arquitetura e Urbanismo conseguiu aplicar uma estrutura de concreto na natureza de maneira bastante equilibrada, refletindo a sua forma de trabalhar, que leva em conta um conjunto de preceitos do desenvolvimento sustentável.
Casa Redux, escritório studio mk27
Atelier Jardim AS, escritório Carvalho Araujo Arquitectura e Design
Credicitrus, escritório Dupré Arquitetura & Coordenação
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