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IMAGENS DE AMBIENTES / Galpões

Um galpão pode servir como espaço de produção, depósito, centro de distribuição de produtos, centro de logística, ou, ainda, ser um espaço multiuso em indústrias. Sua construção exige planejamento, já que a obra costuma ser demorada e cara devido ao tamanho da estrutura. As necessidades de cada empresa variam e devem ser contempladas no projeto.

Uma solução prática são os galpões metálicos pré-fabricados (com aço altamente resistente, galvanizado a fogo e perfilado a frio), que chegam prontos à obra (só é preciso montar), gerando uma significativa economia de mão de obra e tempo. Também não é necessário grande investimento com a fundação, porque, por serem leves, podem ser instalados sobre pisos simples. A montagem e desmontagem fáceis e rápidas possibilitam que essas estruturas sejam empregadas temporariamente.

Fundação adequada para galpões logísticos

Diferentemente dos modelos pré-fabricados, que não necessitam de fundação, os galpões logísticos grandes (entre 20 e 40 mil m²) precisam de uma fundação que combata a força de arrancamento. Ou seja, em caso de uma ventania forte, que gere esforços e arranque os pilares, as fundações precisam suportar esses esforços, evitando que a cobertura caia ou seja arrancada.

Como esse tipo de galpão geralmente recebe empilhadeiras, o piso precisa ser de concreto reforçado. Os pilares, também de concreto, costumam ser pré-fabricados com aproximadamente 11,5 m de altura.

O tipo de fundação depende da carga de tração. O modelo mais barato e prático é a estaca escavada ou a broca mecânica. Mas seu uso é limitado, pois na areia e em locais com lençol freático pode haver desbarrancamento. Na estaca tipo hélice contínua, o trado é inserido no solo, a estaca é concretada e, por fim, colocada a armação, que precisa ter, no máximo, 12 m de comprimento. Quando o material do solo for muito duro (argila endurecida ou rochas, por exemplo), os tubulões curtos podem substituir as hélices. Eles são abertos com marteletes encravados no solo ou sapatas grandes e pesadas o suficiente para combater o esforço de flexo-tração.

Se o terreno não for plano, será necessário terraplaná-lo, com um tratamento especial nas áreas compactadas de aterro para que não haja recalques. Se houver uma fundação direta em um dos cantos do galpão, estacas deverão ser colocadas no lado oposto, que precisará ter aterros com até 15 m de profundidade. Entre a fundação direta e a estaca ficará o ponto de passagem entre o corte e o aterro, onde podem ser fincadas estacas mais curtas ou tubulões.

Como tempo é dinheiro, quanto menos custar a obra e mais rapidamente ela ficar pronta, mais o proprietário irá lucrar. Assim, além de procurar soluções com bom custo-benefício (respeitando as normas de segurança, claro), a velocidade da execução deve ser considerada. O tempo médio gasto em uma obra de fundação é de um mês. Para conseguir atingir essa meta, deve-se usar uma boa máquina de hélice contínua, que consegue fazer cerca de 25 estacas por dia.

O revestimento ideal

O piso epóxi – revestimento com aparência de porcelanato – tem sido o mais empregado em galpões, devido à sua alta resistência química, excelentes propriedades mecânicas, durabilidade, fácil e rápida instalação (é feita manualmente, com ferramentas simples, e em menos tempo do que os revestimentos cerâmicos ou cimentícios) e impermeabilidade. Ele forma uma capa monolítica (sem juntas) brilhante ou fosca, lisa ou antiderrapante, com cores variadas sobre diversos tipos de superfície.

O fato de não ter juntas facilita a limpeza, o que é uma característica muito bem-vinda em espaços com tráfego intenso. No entanto, ele risca e mancha facilmente, por isso, exige manutenção constante. Outro ponto negativo é o custo, superior ao de outros tipos de piso.

Há diferentes tipos de piso epóxi, mas para galpões os mais recomendados são o espatulado (argamassado), que é produzido com resina epóxi e quartzo e tem excelentes resistências mecânica e à abrasão; e a pintura epóxi, indicada para pisos em bom estado para um resultado liso, resistente e impermeável.

A aplicação é bastante simples, mas exige certos cuidados: embora a superfície não precise estar perfeitamente nivelada, ela não pode estar engordurada, úmida ou com partículas soltas. Além disso, a resina precisa ter boa qualidade, e as especificações de uso precisam ser rigorosamente respeitadas. Por fim, o início e o fim da superfície onde o piso será colocado devem ser delimitados para evitar deslocamentos, o que pode deixar o piso marcado.

Iluminação eficiente

Uma solução bastante aplicada na cobertura ou fachada (na parte interna ou externa) de galpões industriais e logísticos para aproveitamento da luz natural são os painéis prismáticos (fixos ou móveis), que podem ser feitos com vidro, acrílico ou policarbonato, e combinados a dutos de luz e brises para maior eficiência. Eles potencializam a entrada da luz natural, mas também impedem que os raios solares incidam diretamente no ambiente, evitando, dessa forma, o superaquecimento. Assim, não incomodam os funcionários (pelo contrário, proporcionam bem-estar, pois eles podem perceber o que está acontecendo no exterior da edificação) nem estragam os produtos armazenados.

Como esses painéis filtram os raios em até 75%, durante boa parte do dia a iluminação artificial não é necessária, tornando-os soluções sustentáveis. Eles também alteram a trajetória dos raios solares, iluminando partes do galpão que não seriam clareadas se fosse usado vidro comum, principalmente aqueles afastados das janelas. Mas para que isso aconteça, é preciso estudar, na fase do projeto, a mudança de direção da luz ao longo do dia, para saber exatamente quais pontos devem ser priorizados.

Veja também referências de containers.