A floresta do Corcovado é o pano de fundo dessa residência, privilegiada também pela vista panorâmica da Lagoa Rodrigo de Freitas, do Morro Dois Irmãos, da Baía de Guanabara e do mar do Rio de Janeiro.
A proposta, idealizada pelo escritório Indio da Costa Arquitetura, era contrastar a simplicidade das linhas retas com a natureza tão presente e foi ritmada por sua força visual, com uso abundante de estruturas metálicas. “As linhas retas e a vontade de obter grandes voos e balanços, com leveza, induziram ao uso das estruturas – ponto de partida do projeto. A simplicidade da solução estrutural fez com que ela ficasse explícita e aparente, dando força, beleza e transparência conceitual à residência”, explica a arquiteta Joyce Camillo.
Com paredes tipo ‘drywall’, a construção foi racionalizada, deixando aparentes as instalações sob o pavimento superior. “Numa releitura do conceito de utilização do porão, tão comum na nossa arquitetura colonial, reservamos esse espaço para as instalações, facilitando a manutenção e futuras adaptações”, ressalta.
Um espelho d’água foi implantado no telhado, acima do pavimento que abriga a área social e de serviços. Além de proporcionar mais beleza à residência, essa cobertura diferenciada confere condições térmicas mais agradáveis, minimizando as variações de temperatura.
A casa foi projetada sob padrões ecológicos conscientes. A sobreposição dos dois volumes em forma de cruz, por exemplo, dá espaço aos vazios da construção, que evitam umidade e garantem mais economia. “Por ser extremamente arejada e iluminada, reduz-se o consumo de energia elétrica. O pavimento térreo por sua vez – elevado do terreno – propicia uma ventilação cruzada e natural sobre a casa”, conclui.
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