Os sócios do Restaurante MéZ, localizado no Itaim Bibi, na zona Sul de São Paulo, queriam trazer para São Paulo um pouco do caráter rústico e industrial das ruas de Nova York, mais especificamente do bairro de Meatpacking. A missão para transformar esse desejo em um projeto arquitetônico foi dada ao escritório Viviane Gobbato Arquitetura, que apostou na especificação de instalações aparentes e elementos visuais essencialmente urbanos, como o lambe-lambe.
Como conta a arquiteta Viviane Gobbato, o bairro de Meatpacking era conhecido antigamente por abrigar frigoríficos e empresas de embalagem, mas acabou se tornando um dos destinos mais irreverentes de Nova York. “Foi neste local que os proprietários do MéZ passaram seis meses a trabalho e voltaram decididos a implantar esse estilo na badalada capital paulista”, enfatiza.
Além do desejo de criar um restaurante jovem e descontraído, os donos também queriam que o espaço atendesse a diferentes públicos e ocasiões. Por isso, os três ambientes da casa (terraço, salão e bar de espera), integrados por grandes portas envidraçadas, oferecem diversas acomodações, como mesas, banquetas e bancos. Assim, há lugar para todos os clientes, desde casais a um grupo de amigos.
A referência industrial do Restaurante MéZ se observa logo na entrada do estabelecimento, com as paredes de tijolos e as tubulações elétricas aparentes, que lembram antigos galpões fabris. Segundo Gobbato, a iluminação – que foi feita com fitas de LED e "tartarugas" industriais – cria um clima intimista no terraço, ainda mais agradável em função do jardim vertical. O toldo retrátil e o piso de ladrilho hidráulico preto e branco finalizam a composição.
O salão principal também é marcado pelos acabamentos aparentes, que reforçam as referências industriais do projeto. Ao longo do alto pé-direito surgem também os trilhos com spots, pendentes de cobre e outra parede verde. Nesse ambiente, os clientes podem ficar nas banquetas do bar ou se sentar às mesas – compostas por cadeiras bordô e bancos de madeira equipados com tomadas para recarregar equipamentos eletrônicos.
A mistura de cores e de acabamentos é complementada pelo lambe-lambe em papel algodão desenhado por Luan Cardoso, do Coletivo SHN. “Essa obra faz referência à atmosfera artística que o bairro nova-iorquino transmite”, explica Gobbato.
Ao fundo do restaurante fica um bar de espera com banquinhos de madeira dispostos ao redor de uma grande árvore sibipiruna envolvida por cordões de luz. O clima de jardim residencial a céu aberto faz desse ambiente um dos espaços mais disputados do estabelecimento.
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