Em um dos principais pontos da cidade de São Paulo, a Loja Idália, de origem italiana, se instalou visando trazer novos conceitos de modernidade na arquitetura expositiva. Através da concepção de loja-galeria, a intenção da marca é usufruir do espaço para além do comércio, recebendo exposições, além de diversas formas de manifestações culturais e artísticas. O projeto é uma readequação de uma estrutura pré-existente, com 500 m² de área construída e 900 m² de área total. Por Vivian Coser Arquitetos Associados.
Fortemente marcado pelos conceitos da biofilia, o ambiente aproxima o ser humano com os benefícios do convívio com a natureza, trazendo conforto a quem acessa o espaço. Pensado para além de arquitetura e de interiores, o foco principal é fazer a curadoria das marcas italianas que são vendidas no local. Os expositores também trazem destaque quanto ao seu propósito, cada qual pensado para um fornecedor específico, valorizando o produto exposto. E, assim, o design foi pensado para valorizar e para criar um ambiente aconchegante e que ressignifica o conceito de negócios e de exposição de produtos.
Na fachada externa, voltada para a rua, já se tem um resumo do que é o lugar, apresentando um bloco com vitrine que chama atenção para a particularidade expositiva do layout. A fachada apresenta também uma arquitetura minimalista, geométrica e uniforme, dando destaque aos itens expostos nas vitrines. A fachada interna segue a mesma proposta, mas é emoldurada pela vegetação, em combinação escolhida por Alex Hanazaki, responsável pelo paisagismo.
O hall de entrada da loja é marcado pela iluminação zenital. À direita, há um primeiro ambiente destinado a exposição, com uma esquadria de vidro garantindo a vista do lado externo, marcado pelo paisagismo. Mais adentro estão posicionados lounges de poltronas e sofás para reuniões mais confortáveis e despojadas. Nos fundos, encontra-se uma cozinha gourmet completamente equipada para abrigar eventos e aprimorar a relação entre vendedores, clientes e fornecedores.
Rodeado de árvores, espelhos d’água e plantas, o projeto integra natureza e bem-estar. Um ponto muito forte na parte externa, além da vegetação, é o piso drenante, composto por micro grânulos de rochas paginados com subtração de formas, guiando os visitantes para o interior da construção. Aliada à vegetação, os gramados no piso e o espelho d’água ajudam a definir o caminho pelo jardim, que leva ao pergolado projetado para descansar e contemplar, de perto, a natureza. Desse ambiente, através de uma grande porta de vidro incolor, se observa uma obra de arte natural, o lindo jardim que se expressa como um respiro para a cidade. Desenhado por Alex Hanazaki, o lago artificial e a vegetação combinam-se com a vegetação existente, criando um espaço deslumbrante. Os amplos vãos das esquadrias permitem a entrada de luz natural, intensificando a percepção da natureza, presente em todos os ambientes externos e internos.
No andar superior, há um espaço amplo destinado a showrooms e expositores, assim como salas de reuniões e depósito para funcionários. Cada recorte do projeto nos deixa em dúvida se é uma loja ou uma galeria de arte. Essa percepção parte do conceito expositivo e foi o partido principal na proposta da reforma, que busca criar ambientes que evidenciam o mobiliário e elementos presentes nele, convidando o cliente a rodear a loja.
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