Logo Construmarket
Banner

Viveiro de Imersão Animália

Viveiro de Imersão Animália
Em Cotia, no interior de São Paulo, os arquitetos do escritório AM2 Arquitetura construíram o Viveiro de Imersão Animália, no Animália Park. O complexo engloba 35 hectares de área. Imagens: Manuel Sá
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália
Viveiro de Imersão Animália

Floresta metropolitana

Texto: Naíza Ximenes

O contato direto entre fauna e comunidade é a premissa do Animália Park, uma reserva ambiental que engloba um parque de diversões e um aviário. A área de 350 mil metros quadrados em Cotia, no interior do estado de São Paulo, é conhecida por utilizar a arquitetura como ferramenta de integração entre natureza e ser humano.

O espaço, que levou cerca de 12 anos para ser construído, foi inaugurado em junho de 2023 e ganhou várias amenidades, de restaurantes e brinquedos a outras 17 atrações, que compõem toda a estrutura do parque. Entre elas está o Viveiro de Imersão Animália, projetado pelo escritório AM2 Arquitetura.

Habitat natural

Os arquitetos do escritório AM2 Arquitetura construíram um viveiro de dez mil metros quadrados no Animália Park, que conduz os visitantes por um percurso imersivo no habitat de muitos animais.

A proposta era criar um espaço que preservasse ao máximo as características do ambiente em que as espécies se desenvolvem naturalmente, de forma que elas pudessem transitar livremente no local. Apesar de o projeto ter incluído barreiras que evitam o contato direto entre animais e seres humanos, para a proteção de ambos, elas não prejudicam as movimentações cotidianas das espécies e ainda preservam ao máximo a topografia original do lote.

Com as premissas definidas, os arquitetos enfrentaram alguns desafios. O primeiro deles era associar os substratos naturais necessários às diferentes espécies — um modelo de estrutura que considera a vegetação nativa, os pontos d’água, as cachoeiras cenográficas e todo o ecossistema necessário.

O segundo, por sua vez, girava em torno da interação. Como garantir o contato direto entre humanos e seres vivos daquele espaço de forma segura e sem gerar estresse para os animais?

Foi pensando nisso que eles apostaram em um percurso majoritariamente linear. Passarelas suspensas com proteções largas e apoiadas sobre uma reforçada estrutura metálica garantem a visualização do ecossistema do alto, em um caminho repleto de pontos de parada que proporcionam experiências sensoriais ao visitante.

A visita guiada tem início na caverna de imersão, que leva a uma rampa contornada por guarda-corpos de madeira, separando-a da Mata Atlântica no entorno. Ao longo do percurso estão os recintos Psitaciformes (grupo de aves que inclui papagaios, periquitos, araras, tuins, cacatuas, calopsitas etc.), Veado Catingueiro (também conhecido como veado-virá), Galliformes (grupo em que estão inclusas as galinhas e perus) e Passeriformes (os passarinhos).

Na cobertura, vários vãos na estrutura metálica garantem a entrada de luz natural e ventilação, com uma delicada tela que permite que as aves percorram o viveiro livremente. Além dos mamíferos, são cerca de 650 aves de mais de 110 espécies, algumas delas em risco de extinção.

Foto de um lago, em uma floresta, dentro de uma estrutura metálica, como um zoológico No lago, fica o recinto Anseriforme, marcado por aves adaptadas à vida aquática, como os patos


Um pouco mais à frente, a rampa retilínea se transforma em uma espiral de duas voltas, com chão e colunas de madeira que levam à parte superior do percurso. O ambiente ganhou alguns bancos, também de madeira, que permitem a contemplação de uma grande cachoeira artificial ao longo das extremidades. No fim da cachoeira, há um lago que abriga vários patos, gansos e aves adaptadas à vida aquática, o recinto Anseriforme.

Seguindo pelo percurso, mais rampas preenchem o Viveiro. Ao caminhar pelo trajeto indicado, o visitante passa sobre o lago e acessa outro espaço de contemplação, onde fica o recinto Jabutis. Nesse local, os bancos ganharam uma pequena cobertura, que também é de madeira.

Há mais rampas e passarelas pelo parque que levam ao recinto seguinte: o Lontra. Ele fica em uma segunda caverna, que ganhou grades que separam os visitantes das lontras na piscina, do lado oposto. O local é compartilhado pelo recinto Cágado e Biguá, sendo o segundo marcado pelas aves aquáticas que mergulham em busca de comida e conseguem passar bastante tempo embaixo d’água, como é o caso do corvo-maranhão, dos pelicanos etc.

Por fim, mais rampas e passarelas levam o visitante aos recintos Anta, Atobá (aves marinhas), ao restante do Aviário, ao recinto Ariranha (popularmente conhecida como onça-d'água e lontra-gigante) e ao recinto Jiboia, onde ficam as cobras.

“Esse projeto apresenta uma riqueza de detalhes que nosso escritório ainda não tinha participado. Foram diversos projetos que permitiram a troca de experiências e conhecimento de profissionais e técnicos que estiveram envolvidos no processo”, explica o arquiteto Alessandro Malara.

Confira outros projetos na Galeria da Arquitetura:

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2019
  • Conclusão da obra: 2023
  • Área do terreno: 350000 m²
  • Área construída: 10000 m²

Ficha Técnica

Veja outros projetos relacionados