Integração é a máxima do projeto arquitetônico do Apartamento Perdizes 278, idealizado pelo URDI Arquitetura. A solução configura um fluxo contínuo que interliga os espaços – de lazer, estar, refeições e cozinha –, favorecendo-os com um maior volume de ventilação e iluminação naturais.
O arquiteto Alberto Barbour conta que o apartamento somava várias épocas de uso e, por ser antigo, tinha como principal característica a compartimentação dos ambientes. Dimensionamentos, usos inadequados e um padrão de acabamento ultrapassado técnica e esteticamente eram alguns dos aspectos que os clientes gostariam de mudar.
Com a demolição das alvenarias adjacentes, o único ponto preservado do imóvel foi o sistema estrutural original – pilares e vigas. “Estes elementos ajudaram a redefinir e organizar as atividades do grande espaço de convívio”, explica o profissional. Em contrapartida, toda a parte de infraestrutura elétrica e hidráulica foi integralmente substituída, sendo complementada por uma nova rede de aquecimento a gás.
A opção que a URDI Arquitetura encontrou para dar amplitude ao Apartamento Perdizes 278 foi incorporar dois dormitórios ao principal espaço de convívio. De acordo com Barbour, o novo layout oferece aos moradores a possibilidade de continuar interagindo enquanto realizam diversas atividades domésticas.
“Por exemplo, o balcão que integra a cozinha e a sala pode ser utilizado como ponto de apoio para os dois ambientes”, cita. Além disso, toda a ala social recebe iluminação e ventilação naturais dos dois extremos do apartamento, ampliando o conforto e qualificando visualmente o local.
Nas áreas mais privativas, o imóvel recebeu um novo padrão de mobiliário e de iluminação, além do redimensionamento dos banheiros, para acolher os moradores com mais conforto.
Segundo Barbour, uma solução que contribui para a organização e a fluidez dos espaços é o mobiliário customizado, que acomoda os objetos sem sobrecarregar os ambientes. Estante, sofá e aparador foram desenhados especificamente para o apartamento. “Com base no desenho específico dos móveis, conseguimos reduzir o número de elementos de cada área. Eles condensam as funções necessárias e acabam se tornando complementos arquitetônicos definidores”, afirma.
O design geral do projeto – do layout ao mobiliário –, tem como propósito valorizar a percepção do espaço, a luz natural e a fluidez. Para o arquiteto, as linhas simples dos móveis modernos, associadas a texturas e cores pontuais, aumentam a percepção tridimensional dos vazios. Na cozinha, por exemplo, o ladrilho hidráulico com formas geométricas nas cores azul e branca define o lugar. “Isso intesifica a sensação máxima de amplitude de cada ambiente”, reitera.
No projeto de iluminação, o destaque fica por conta da estante da sala de estar, que possui uma intensa luz amarela embutida nos nichos, contrapondo-se ao branco predominante no projeto. Como informa Barbour, a ideia é valorizar a ambientação, refletindo a variedade de usos de cada espaço.
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