O município de Itatiba, no interior de São Paulo, é conhecido por possuir relevo acidentado e beleza natural. Quando uma jovem família decidiu se mudar para a região, convidou o escritório Terra e Tuma para dar vida ao seu novo lar – a Casa João de Barro, como foi batizada.
O pedido foi claro: a morada deveria ser totalmente integrada à natureza. “Aproveitamos a vista privilegiada das montanhas e o desnível existente do lote para criar um volume leve e inteligente, sem precisar de grandes movimentações de terra durante as obras”, mencionam os arquitetos Danilo Terra, Fernanda Sakano, Juliana Terra e Pedro Tuma.
O terreno onde a residência foi implantada potencializou o entorno, e o volume principal parece ter sido encaixado de forma sutil, abrindo espaço para um pátio central – o coração da morada.
Além de ampliar os ambientes de convívio, esse pátio conecta diretamente todos os setores sociais e, juntamente com a piscina, cria uma dinâmica que se molda de acordo com as estações do ano. Chamada de “prainha”, a piscina transborda nos dias quentes ou atua como um espelho d’água que amplia a área durante o inverno. De acordo com os autores, esse pátio central auxiliou na articulação do programa e evitou a construção de mais um pavimento.
Da mesma forma como a integração entre os ambientes sociais internos (sala e cozinha) e externos (pátio e jardim) deveria ser o diferencial do projeto, a casa também precisava acolher os moradores e seus hóspedes de forma confortável e com a devida privacidade.
O projeto possui uma central técnica que abriga todas as infraestruturas: bombas da piscina, caixa d´água, sistema de aquecimento de passagem, cilindros de GPL recarregável e ar-condicionado. Dessa forma, a cobertura ficou livre para receber um telhado verde que, além da proteção térmica, tem a intenção de integrar a residência com a cadeia de montanhas do entorno.
“O paisagismo, assinado pelo escritório Gabriella Ornaghi Arquitetura da Paisagem, foi concebido junto com o projeto de arquitetura, pensando na baixa manutenção e maior integração entre as áreas internas e externas”, contam os sócios.
Outra solicitação dos moradores foi o desenvolvimento de um projeto que gerasse baixa manutenção. Para isso, escolheram revestir a fachada com ladrilho hidráulico que, além de precisar de pouco cuidado, passa um aspecto atemporal à estrutura junto com os elementos vazados.
Por fim, o projeto também recebeu materiais cimentícios, laje maciça aparente, piso laje zero (concreto alisado com resina óleo-hidrofugante) e elementos vazados, além de ladrilho hidráulico nos pisos das áreas molhadas.
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