A Residência Alphaville Dom Pedro é o primeiro projeto residencial em toda a América Latina certificado em 2015 pelo selo ambiental internacional, LEED for Homes (Leadership In Energy And Environmental Design), no nível Prata, concedido pelo USGBC (U.S. Green Building Council).
Assinada pelo arquiteta Teresa d'Ávila, a casa representa um avanço nos paradigmas nacionais da construção civil por seu exemplo de sustentabilidade.
Graças a mecanismos como o tratamento das águas cinzas, proveniente dos lavatórios, chuveiros e máquinas de lavar roupa, para posterior reúso em bacias sanitárias, lavagem das áreas externas e irrigação do jardim - realizada por gotejamento sob a superfície - a redução do consumo de água total é de 60%.
Segundo d'Ávila, o projeto de irrigação também contempla o preparo do solo com elementos que aumentam essa retenção, como a incorporação de substrato à base de fibra de coco e turfa e a aplicação de gel retentor de água antes do plantio, assim como a captação e filtragem pluvial por meio de filtros.
“Aliado à arquitetura está o paisagismo, que privilegia espécies nativas, demandando baixa manutenção e menor consumo de água. As vantagens, entretanto, vão além dessa questão da redução do consumo de água. A somatória de benefícios foi determinante para a decisão dos proprietários em requerer a certificação da casa”, contempla.
A Residência Alphaville Dom Pedro utiliza um sistema chamado ECOGRID, de autoria da engenheira Lourdes Printes da LCP Engenharia e Construções, que usa o painel de argamassa armada com miolo de EPS (Poliestireno Expandido). Este possui excelente isolamento térmico e contribui para a economia na utilização de equipamentos de ar condicionado, além de apresentar propriedades termo-acústicas e antifúngicas.
“Trata-se de painéis formados por blocos de EPS intercalados por treliças de aço galvanizado, envoltas nos dois lados por malha do mesmo material, que conferem resistência de 20 a 40 toneladas por metro linear sem a utilização de vigas e pilares”, disse a arquiteta.
Esses painéis recebem aplicação de argamassa em ambos lados com resistência de 9 a 13 MPA (s) e espessura de até 3 cm. Para Teresa d'Ávila, essa tecnologia representa um grande avanço para construção civil, pois é a que menos compromete o meio ambiente, com a redução de produção de resíduos, rapidez de execução e benefícios diretos ao consumidor final, no caso, o proprietário.
O projeto inicial já previa soluções sustentáveis. A implantação impôs uma construção em “Y”, a fim de aproveitar o terreno de forma objetiva e evitar movimentação de terra, permitindo, ainda, a abertura a um amplo horizonte visual, na face nordeste.
“Este projeto nasce, sobretudo, como exemplo para as futuras gerações em termos de alto desempenho energético, consumos mais eficientes de recursos hídricos, práticas sustentáveis para uma melhor utilização de recursos naturais com redução das perdas materiais e financeiras em relação às obras comuns, refletindo uma grande preocupação com a qualidade de vida, a saúde dos usuários e a manutenção da casa ao longo dos anos”, conclui d’Ávila.
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