Inspirado na arquitetura tradicional chinesa da comunidade Taiwan, a construção do Templo Zu Lai está inserido na paisagem bucólica da cidade de Cotia, em São Paulo, e é considerado o maior monastério da escola budista Fo Guan Shan.
“A instituição taiwanesa preza que seus templos ao redor do mundo propiciem quatro pontos de difusão: educação, cultura, beneficência social e purificação espiritual. Assim, nosso projeto em Cotia busca atender esse requisito a partir da relação intrincada de seus edifícios com a privilegiada paisagem do terreno”, explica o arquiteto Leonardo Shieh.
Para o monastério brasileiro, a ideia foi usar, além das referências antigas, projetos contemporâneos similares existentes em Taiwan, Los Angeles e Sydney. Diferentemente de templos sóbrios e escuros, a escola budista opta por templos claros, com ambientação mais leve.
Estrutura de concreto e alvenaria com revestimento em pintura e caixilhos de alumínio forma a fachada. Os telhados tradicionais são compostos por telhas esmaltadas e importadas de Taiwan.
O destaque do projeto é a relação existente entre a arquitetura e a natureza, ora mantida como mata nativa, ora ajardinada, ora conformada em pátios por meio dos pavilhões. “A natureza faz parte do processo meditativo budista e a escalada do pórtico de entrada até o pavilhão principal também reforça esse conceito” comenta o arquiteto.
“Por se tratar de um grande conjunto arquitetônico com diversos salões de usos distintos, buscou-se uma ambientação apropriada para cada função, como uma das soluções de layout”, relata Leonardo. Todos os ambientes contam com iluminação e ventilação natural e são interligados pelas galerias cobertas.
O pavilhão principal, de amplo pé-direito, é iluminado por grandes pendentes que projetam luz para cima e para baixo. À noite, a atenção concentra-se em milhares imagens de Buda que revestem as paredes, contíguas em altura e largura.
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