A implantação do novo prédio para a universidade respeita a identidade visual consolidada do campus, adéqua o novo programa às suas funções e, evidentemente, ao perfil de usuários – estudantes de tecnologia.
O projeto nasce a partir de um estudo que engloba desde a análise prévia do público utilitário, até as necessidades básicas que uma edificação educacional deve oferecer, tais como flexibilidade de layout, agrupamento de novos equipamentos, laboratórios e ambientes que estimulam a interatividade.
“O prédio é concebido com clareza e simplicidade estrutural, o que permite contínuas ampliações, aproveitamento racional e grande flexibilidade na ocupação. Para alcançar grandes vãos, a opção foi pela utilização da estrutura metálica e lajes alveolares. Também especificamos telhas de fechamento vertical e horizontal”, comenta Camila Mirapalhete, arquiteta.
Há, ainda, um vazio coberto que atua como elo entre as duas unidades e, também, como uma praça. Permite a vista para o verde do entorno, participando ativamente do cotidiano do edifício.
Como explica a arquiteta, trata-se de um prédio com dois volumes distintos e funcionais.
“O primeiro tem salas de aula tradicionais e laboratórios de alta precisão que exigiram soluções com melhor acabamento final e vedações para garantir o isolamento eficiente entre as salas. No segundo, há laboratórios ‘sujos’ e instalações industriais para a experimentação em equipamentos pesados com alto índice de ruídos e pouca necessidade de isolamento entre eles. Porém, existia a necessidade de flexibilidade para que estes espaços acompanhassem a rápida obsolescência e substituição de maquinários”.
Eficiência acústica e térmica eram duas das principais preocupações, frutos diretos das atividades variadas da edificação. Para atender essas necessidades, o projeto tira proveito de elementos que atuam em conjunto para obter os melhores resultados.
“As peles de vidro captam a maior luminosidade possível dentro do espaço aberto e coberto que funciona como ligação entre os volumes. Para as fachadas norte e sul, as esquadrias de alumínio e vidro absorvem a luz, fugindo da insolação direta. Já a opção por fechamentos externos em placas de concreto para o volume destinado aos laboratórios industriais foi em consequência do tempo de execução e aspecto final industrializado, coerente com a função à qual está destinado”.
A arquiteta também destaca as divisórias que permitem a flexibilidade e o isolamento termoacústico adequado para os ambientes.
“As divisórias leves dentro da área industrial facilitam a flexibilidade e mudança de layouts. Mesmo durante o ano letivo, trazem rapidez e limpeza a estas pequenas obras, não interferindo na agenda de aulas. E os painéis leves em gesso acartonado no volume destinado aos laboratórios limpos e salas de aula oferecem o isolamento acústico e térmico necessário para estes setores, com excelente acabamento final e rapidez em eventuais mudanças de espaço”.
Placas fotovoltaicas na cobertura captam a energia do sol e a transformam em eletricidade. A água da chuva é coletada nas coberturas e direcionada para um sistema de reuso – os esgotos sanitários são tratados e devolvidos puros ao meio ambiente.
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