O escritório Giugliani Arquitetos foi convidado a desenvolver um novo conjunto de edificações para o projeto do Colégio Evangélico Alberto Torres. O objetivo é somar a nova estrutura às instalações já existentes, agregando 13.087 metros quadrados de área construída.
O terreno onde a obra foi instalada fica localizado na cidade de Lajeado, no Rio Grande do Sul. “O local ocupa uma das últimas áreas passiveis de construção. Os demais lados deste polígono são internos ao lote e estabelecem interface com os prédios das 1° e 2° séries, à leste, das 7° e 8° séries, à nordeste, e com o recente finalizado edifício que abrigará o jardim de infância, ao norte”, conta o arquiteto Bruno Giugliani.
A solução arquitetônica desenhada prevê um esqueleto composto de pilares e vigas de concreto armado. Lajes alveolares pré-moldadas foram utilizadas para o fechamento dos pavimentos, acelerando o processo de construção. As soluções adotadas para as instalações prediais visam atender as questões da sustentabilidade ambiental.
Controles solares, boa orientação e iluminação natural ajudaram a otimizar o consumo energético, assim como o uso de lâmpadas e equipamentos mais eficientes. O controle dos recursos hídricos despendidos pelo complexo valeu-se de um sistema de coleta de águas da chuva em cisternas para fins não potáveis, assim como de equipamentos de baixo consumo. A retenção de grande parte das águas da chuva, através dos telhados verdes na cobertura, contribui para evitar a saturação da rede coletora pública e evita os históricos alagamentos da região.
“As novas edificações compartilharão uma base única, pensada para acomodar a construção no lote e tirando partido do desnível natural do terreno para instalar dois níveis de subsolo para a garagem. Sobre a laje destes dois níveis, centralizando o conjunto, foi proposta uma praça seca, nivelada com a esquina do terreno e pouco acima da entrada principal, de forma que possa levar o passeio público através de uma escadaria. Abraçando a praça erguem-se quatro blocos distintos, que vão espelhar suas funções e o programa para o qual foram designados”, explica o arquiteto.
O edifício está separado em quatro blocos. O primeiro abrigará as salas de aula e será o mais extenso de todos, ocupando toda a parte da Rua Alberto Torres. Trata-se de uma área suficiente para abrigar 15 salas de aula em seus cinco andares sobre a praça.
Configurando a outra face do quarteirão urbano, o segundo bloco tem geometria racional, abriga as repetidas instalações de laboratórios e salas de línguas em três pavimentos-tipo. Os andares são descolados do térreo administrativo por uma área aberta e coberta, sob pilotis.
Há poucos metros, completando a face norte do terreno e centralizado em relação ao complexo, está posicionado estrategicamente o bloco três. Ele abrigará a biblioteca central e receberá estudantes de todos os anos.
Por fim, fechando o último lado em aberto da praça central, será erguido o bloco quatro, com um auditório com capacidade para mais de 500 pessoas e instalações que viabilizam as mais diversas apresentações, como por exemplo teatro, shows, palestras, dança, convenções, formaturas, entre outras. Por influência do programa, este bloco possui uma volumetria mais livre, que aproveita as visuais internas de plateia e os mezaninos para tirar partido de coberturas inclinadas.
Seu desempenho como estrutura urbana responde às novas demandas de relações humanas para o século 21 e dá um passo à frente na direção de uma área verde para a arquitetura e construção da cidade de Lajeado. “Com estas e outras ações, o escritório projetou um equipamento capaz de abrigar as múltiplas atividades da instituição, ao mesmo tempo em que contribuirá para o relacionamento com a comunidade e com a cidade de uma forma geral”, finaliza Bruno.
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