A participação dos arquitetos Marco Donini e Francisco Zelesnikar, do escritório Arqdonini, no projeto começou com a escolha do terreno: eles ajudaram os proprietários a encontrar o lote de 3 mil m², localizado dentro de uma reserva, na Barra do Una, litoral de São Paulo. “Levamos em conta uma clareira adequada para a implantação da casa, longe o suficiente da estrada interna do condomínio e com topografia que permitisse a elevação integral da estrutura em relação ao solo”, lembram.
Escolhida a melhor situação topográfica para elevar toda a área construída, definiu-se os poucos pontos de contato, onde foram executados tubulões de concreto armado, aflorados em forma de colunas cilíndricas, servindo de base para a fixação dos pilares metálicos.
Um cuidado especial dos profissionais com a estrutura foi o de se utilizar aço corten já oxidado, para evitar pintura e manutenção. O material foi escolhido também por um propósito ecológico: já que é pré-fabricado, não gera entulho sobre a mata e não apodrece com o tempo.
O esqueleto estrutural em aço oxidado, apoiado em colunas de concreto, faz com que a casa seja inteiramente aérea. A elevação em relação ao solo atendeu, ainda, uma preocupação sustentável: minimizar o contato da edificação com o solo, evitando fragilizar os elementos da Mata Atlântica do entorno. A alvenaria foi executada em concreto celular, eleita pela leveza (apresenta menos sobrecarga), e pelo tamanho dos blocos, que proporcionam fácil manuseio e demandam menos mão de obra.
O revestimento externo em telhas de fibra natural elimina manutenção constante de pintura e evita, especialmente, o famoso desperdício de massa usada para acabamento – o que seria catastrófico para a natureza. Pela preservação, existiu também uma grande preocupação de se manter um número reduzido de funcionários residentes no local durante o ano previsto para obra, pois o canteiro seria o principal inimigo da área nativa.
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