Localizada em um condomínio na Praia de Atlântida – a 140 km de Porto Alegre (RS) –, a Casa Bosques foi projetada pelo escritório STUDIOCOLNAGHI para ser uma morada de veraneio no litoral norte gaúcho.
O projeto arquitetônico assinado pela arquiteta Ana Maria Colnaghi Enzveiler valoriza os espaços de socialização para a família e os amigos e promove a integração com o exterior. “[Trata-se de] uma residência com design diferenciado, muita integração com o ambiente externo e contato com a natureza”, frisa a responsável.
A casa foi construída em um terreno de 605 m² em formato de trapézio retângulo, localizado em um condomínio residencial cercado por um bosque de Mata Atlântica nativa. A ausência de vizinhos de fundos permitiu que houvesse permeabilidade entre as fachadas da casa e criou, segundo a arquiteta, condições para que ela usufruísse de ventilação e iluminação naturais.
A ausência de paredes marca os espaços internos da Casa Bosques. Os dormitórios são os únicos espaços reservados. A ausência de barreiras visuais também ocorre na fachada, em que grandes panos de vidro permitem a ligação direta com o ambiente externo. “Os grandes painéis envidraçados normalmente seriam divididos em vários módulos. Mas fizemos um esforço para conseguir panos maiores que valorizassem a linearidade e diminuíssem a presença de montantes”, conta a arquiteta.
Valorizada pela vista para o lago do condomínio, a sala de estar do andar superior destina-se ao descanso, à diversão e conta com uma pequena biblioteca dos moradores.
Influenciado pelo movimento modernista, o escritório de arquitetura buscou a simplicidade formal nos acabamentos da residência.
As lajes e a fachada de concreto aparente, moldado com ripas de madeira, têm um aspecto rústico. O acabamento é valorizado pelas paredes texturizadas em tom neutro e pelos vidros semirrefletivos, que trazem a cor verde para a face.
Na área externa, destaca-se o muro de pedra que separa as áreas da piscina e da garagem, atravessa a esquadria e “entra” na casa. A palmeira canariense também ganha destaque na ponta do terreno, refletindo na piscina. “As demais vegetações foram estudadas para criar pontos de cor e jogos de alturas diferentes valorizando cantos e volumetrias”, explica a arquiteta.
O projeto de interiores também procurou valorizar o design contemporâneo e a utilização de materiais naturais. “[Usamos] peças de designers brasileiros como Aristeu Pires e Jader Almeida”, conclui Enzveiler.
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