Com estilo food truck, a hamburgueria Comi na Kombi foi construída em uma área com 446 m². O projeto arquitetônico é de autoria do escritório Studio Urbano, que buscou trazer ao estabelecimento uma atmosfera de quintal com toque urbano.
O conceito adotado foi de quintal de vó. A ideia era proporcionar aos clientes um espaço aberto, confortável e nostálgico ao lembrar das brincadeiras de infância em jardins e quintais da família Rone Marthins“O conceito adotado foi de quintal de vó. A ideia era proporcionar aos clientes um espaço aberto, confortável e nostálgico ao lembrar das brincadeiras de infância em jardins e quintais da família”, explica o arquiteto Rone Marthins.
Marcando a passagem da área externa para a interna encontra-se um muro de tijolos aparentes. Ademais, luminárias para piso ao lado de fora do projeto destacam o logo da hamburgueria.
Um muro de gabião sustenta um lavatório com torneiras e tubos galvanizados, conferindo um design industrial ao lavatório.
Os arquitetos exploraram materiais rústicos como cimento queimado, madeira e tijolos aparentes, o que proporcionou modernidade e rusticidade ao projeto.
O espaço para refeições é totalmente revestido com decks de madeira com gabaritos em diferentes alturas. Na área de atendimento, que fica no centro dos decks, há uma pérgola de madeira que protege a Kombi de intempéries.
Atrás do deck em nível mais alto, um container de 40 pés abriga um apoio para a produção, o estoque e banheiros.
Como todos os pedidos são produzidos na própria Kombi, os arquitetos optaram pelo pátio em cimento queimado – ao nível da calçada – para facilitar o acesso na área dos pedidos.
O mobiliário foi pontualmente escolhido para trazer uma identidade rústica e industrial ao projeto. Mesas e cadeiras tiveram suas tonalidades combinadas com o deck de madeira – em tom de mel –, conferindo ao espaço conforto e modernidade.
Placas de sinalização de trânsito e peças antigas garimpadas transformaram-se em objetos decorativos. Nos banheiros, os decks que sobraram deram origem a uma bancada de lavatório, que recebeu uma bacia de alumínio como cuba. Além disso, as torneiras foram feitas com tubos galvanizados.
“Os banheiros são dentro de um container, por isso optamos por manter seu piso original, assim preservamos a história dos produtos que já foram transportados por ali”, conta o arquiteto.
O grande destaque do projeto é a permeabilidade dos espaços. Vistos de frente, podem ser contemplados em toda sua extensão. Destacam-se pelos volumes dos decks, containers de reúso e pelo reaproveitamento de materiais como tijolos e alambrados.
A iluminação é pontuada e contemplada em luminárias de piso. Os arquitetos exploraram tonalidades quentes que ressaltassem o verde natural da vegetação. O destaque está nas luminárias de eletrocalhas – que foram instaladas nos pilares – e nas lâmpadas tubulares. Desenvolvidas pelo escritório, elas trazem personalidade urbana ao projeto.
Um paisagismo tropical abraça todo o projeto, com destaque para um mural de trepadeiras sustentadas por alambrados.
“Pensar em um projeto ao ar livre foi um grande desafio. Contudo, conseguimos atender aos pedidos dos proprietários e o resultado foi um projeto incrível. O Comi na Kombi foi bem aceito pelos clientes, pois é hábito no interior a convivência com a natureza. O espaço é uma experiência diferente, divertida e nostálgica”, finaliza Marthins.
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