Uma das marcas registradas da Casa Toblerone, localizada em São Paulo, são os 14 pilotis usados para dar sustentação à construção. Além dessa função, esses elementos geram um pavilhão livre no térreo, cujo fechamento é feito com grandes portas de vidro deslizantes.
O projeto arquitetônico foi assinado pelo studio mk27, que uniu uma simplicidade conceitual e programática a uma simplicidade estrutural. "Os pilares estão organizados em duas linhas, que sustentam a construção e formam o projeto”, explica a arquiteta Diana Radomysler.
O térreo comporta o programa coletivo da Casa Toblerone, com sala, serviços e cozinha. Ele foi pensado para receber amigos e também para o uso diário da família. No segundo andar estão três quartos, sala de estudos e home theater. “O formato do terreno nos permitiu uma implantação longitudinal da casa com permeabilidade espacial entre as duas principais áreas externas, como se fosse um pavilhão solto no jardim”, relata a arquiteta.
Nesse pavimento superior, o dormitório e o banheiro da suíte principal têm à vista copas de árvores que foram preservadas e perfuram a laje do térreo.
Quando os caixilhos do térreo estão abertos, a sala da Casa Toblerone se torna um piso livre, totalmente voltada para os jardins. Com uma lareira externa, a varanda atua como um prolongamento da sala e pode ser considerada um espaço valioso de convivência. “A concepção do projeto é simples e lembra o sistema corbusiano Domino, uma espécie de manifesto sobre estrutura livre”, comenta Radomysler.
Delimitada por uma estante solta, a área do escritório integra-se com a sala. Este escritório conecta-se, por sua vez, com o pátio localizado nos fundos.
A iluminação da Casa Toblerone é quase toda indireta, como se pode perceber, por exemplo, na cozinha e no lavabo. O projeto também possui automação de luz, portões e controles de segurança.
Quanto ao projeto de paisagismo, a arquiteta conta que foi uma decisão manter as árvores enormes do antigo terreno. "Na parte de trás da casa colocamos, ainda, quatro jabuticabeiras e, perto da cozinha, uma horta”.
Material predominante no projeto, a madeira combina perfeitamente com outros materiais mais brutos, como o concreto. Além disso, tem a função de filtrar o sol que incide sobre os dormitórios.
“A simplicidade do projeto perpassa a organização da planta e as soluções para conforto ambiental e para a implantação no terreno”, finaliza Diana Radomysler.
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