O ponto de partida do studio mk27 para desenvolver o projeto arquitetônico da Casa Rocas foi a preservação da vista do terreno, localizado em frente ao mar de El Pangue, no Chile. A casa fica no patamar mais alto do lote, de forma a possibilitar a contemplação do horizonte. "De todos os ambientes principais é possível observar o oceano sem nenhuma intervenção," conta a arquiteta Renata Furlanetto.
Planejada como residência de férias, aconchegante e funcional, a Casa Rocas tem um programa divido em três níveis – piscina, térreo e pavimento superior – justamente como forma de garantir a vista do entorno.
“Como o terreno é estreito e muito íngreme, nosso maior desafio foi vencer este grande desnível e acomodar a edificação entre a chegada pela rua e os níveis de acesso à casa”, relata Furlanetto.
Os muros laterais da área térrea são feitos de pedra rústica, própria da região, contribuindo para uma inserção natural no terreno, com o mínimo de intervenção. Esses dois muros recebem, como uma gaveta, a caixa programática do térreo da residência, que inclui a parte social e de serviço.
O bloco que contém toda a parte privativa da Casa Rocas protege a entrada da casa, formando uma marquise, e aproveita a área da caixa programática, que está abaixo, como um terraço.
Os arquitetos criaram um desnível entre a sala e a piscina, para ampliar as possibilidades de contemplação do belo horizonte quando se está dentro e quando se está fora da casa. “Uma das grandes emoções do projeto é a chegada pelo pátio, que logo traz a descoberta da vista com a abertura generosa da porta principal”, comenta a arquiteta.
A fachada do pavimento superior é um ripado de trespa, um tipo de aglomerado industrializado e sólido que recebe acabamento melamínico no padrão de madeira, específico para uso em fachada, e que resiste às condições ambientais agressivas, pela proximidade do mar, como é o caso da Casa Rocas.
Os principais materiais usados na parte exterior do projeto são a madeira, o aço e as pedras. Já o projeto de interiores é marcado pelo uso de materiais naturais como a pedra e a madeira, como uma extensão do exterior.
A automação da luz foi realizada de maneira simples para evitar uma manutenção muito complexa, uma vez que a casa fica numa cidade de veraneio.
O projeto de iluminação, por sua vez, está fortemente ligado com o layout. “Demos prioridade à iluminação indireta e decorativa, a fim de criar uma atmosfera tranquila e aconchegante. Já o conceito que usamos para o paisagismo foi reproduzir a paisagem natural do local”, conclui Furlanetto.
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