Inserida em um terreno com 550 m², a Casa C+C foi projetada pelo escritório de arquitetura studio mk27 com aberturas disfarçadas e um jogo equilibrado entre cheios e vazios.
Todo o projeto gira em torno dessa diluição dos limites entre interior e exterior, criando uma intensa dinâmica espacial Marcio KoganSituado em um bairro arborizado, o terreno tem forma estreita e comprida, além de ter construções nas laterais. Por isso, os arquitetos orientaram as aberturas da residência para a frente e para os fundos do projeto. A solução permitiu aproveitamento do terreno, uma vista encantadora aos moradores e iluminação e ventilação naturais, possibilitando a circulação do ar por todos os cômodos e mantendo o conforto térmico dentro da casa.
Marcando a passagem da área externa para a interna, um caminho de pedras no jardim à frente da residência convida os moradores e visitantes para entrar.
Os espaços abertos com jardins se destacam pela importância de proporcionar bem-estar aos moradores. Ademais, todos os ambientes do projeto se abrem para eles. O projeto de paisagismo é de autoria do paisagista Rodrigo Oliveira.
A Casa C+C foi dividida em dois pavimentos: térreo e primeiro andar. O térreo está distribuído em dois setores: esquerda e direita.
No térreo, ao lado direito, está a sala de estar e jantar, o espaço para despensa, a cozinha, o lavabo, o pátio com jardim que dá acesso à suíte dos hóspedes e o estúdio de música – já que um dos moradores é amante da música e usa o estúdio para aulas ou apresentações em festas íntimas na casa. No mesmo pavimento, ao lado esquerdo, está o jardim da entrada, a varanda, a garagem e a área de serviços.
O primeiro andar abriga a suíte máster, uma sala de TV privativa e três suítes standard.
Ripas de madeira freijó revestem todas as paredes do bloco social e da área de lazer, assim como o sistema de recolhimento dos caixilhos de vidro que, quando abertos, dão continuidade e conectam os espaços, transformando a área coberta em uma ampla varanda aconchegante. Esse mesmo recurso permitiu esconder os acessos da cozinha e do estúdio de música que, quando necessário, se abrem tornando um único espaço.
Com 12 m de extensão, o aparador conecta as salas de estar e jantar com diversas possibilidades de uso. O móvel foi pensado desde a ideia inicial do projeto.
Para decorar os espaços, a designer de interiores Diana Radomysler escolheu objetos que mesclassem peças de antiquários e reedições de móveis modernos internacionais e nacionais, conferindo aos ambientes um design clássico, moderno e aconchegante.
O equilíbrio entre ambientes fechados e abertos permitiu a entrada de iluminação e ventilação naturais para o interior da residência.
O volume superior está recuado em relação à rua e encostado em uma das divisas para obedecer às questões de legislação e garantir a entrada de luz solar nos dormitórios, além de dar vistas para o entorno arborizado.
A fachada é autoportante com janelas pivotantes que, quando fechadas, são imperceptíveis como um filtro. Assim, a transparência é controlada.
“Todo o projeto gira em torno dessa diluição dos limites entre interior e exterior, criando uma intensa dinâmica espacial”, diz o arquiteto Marcio Kogan.
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