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Casa Lee

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Três setores bem-definidos – íntimo, social e serviço – integram um único volume horizontal da Casa Lee, cuja estética combina alguns ambientes ao ar livre, outros resguardados em caixas de madeira, e os demais expostos pelos panos de vidro transparentes. Imagens: FG+SG – Fernando Guerra
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Partido único

Texto: Tais Mello

Um único pavimento horizontal, três volumes e total integração entre os ambientes internos e externos, além da madeira em profusão, caracterizam a Casa Lee, projetada pelos arquitetos Marcio A partir dos ambientes é possível ver o exterior, pois eles se abrem para o jardim Marcio Kogan Kogan, do Studio MK27, em parceria com Eduardo Glycerio. Construída na cidade de Porto Feliz, a residência de 900 m² prioriza o conforto proporcionado por espaços amplos e a atraente vista panorâmica do interior paulistano. “A partir dos ambientes é possível ver o exterior, pois eles se abrem para o jardim”, explica Marcio Kogan. Exemplo disso é a sala de estar, cujos panos de vidro, quando embutidos, convertem o espaço em uma extensão da área externa. “É uma espécie de grande varanda coberta, que se prolonga desde o deque da piscina até o outro lado do terreno”, complementa.

Controle térmico

De maneira original, os arquitetos delimitaram os ambientes internos por meio de caixas de madeira. São grandes portas que abrem e fecham a casa e, mais que dispor de uma função estética, desempenham o controle térmico necessário à habitação inserida em um clima quente, na maior parte do ano.

“Utilizamos estratégias de conforto ambiental da arquitetura tradicional e moderna brasileira, como a ventilação cruzada presente na área social. A técnica reduz a temperatura interna. Já a área íntima é protegida por portas-camarão com painéis de muxarabis de madeira”, conta.

O muxarabi é um recurso parecido com o cobogó, usado para fechar parcialmente os ambientes. Criado pelos árabes, permite a quem está dentro visualizar o lado externo, porém sem ser visto. Em países tropicais, é perfeito para preservar a ventilação interna. Na Casa Lee, os painéis filtram o sol sem impedir a passagem do vento.

A fachada dividida entre o uso do concreto armado revestido por argamassa branca e da madeira inspira uma atmosfera minimalista Foto: FG+SG – Fernando Guerra

Programa bem-definido

No extenso programa da residência, há três setores bem definidos no único pavimento térreo. A área Utilizamos ventilação cruzada na área social. A técnica reduz a temperatura interna. Já a área íntima é protegida por portas-camarão com painéis de muxarabis de madeira Marcio Kogan social com estar, jantar, terraço com churrasqueira, bar e vestiários, além do deque e da piscina, ficam ao centro. O setor de serviço, que incorpora garagem, cozinha, copa, lavanderia, dependência de empregada e do caseiro, localiza-se à esquerda.

A ala íntima tem quatro suítes – uma delas máster –, que podem ser acessadas pelo exterior e interior da residência, no final do corredor. Há, também, spa, sala de fitness, sauna e pequena piscina ao ar livre rodeada por um deque de madeira.

A varanda da frente é delimitada pelo hall de entrada e por dois blocos de madeira que enfatizam a presença da área social. A cozinha é aberta e tem relação direta com a sala, incorporada em uma das caixas de madeira, a qual abriga as áreas de serviço. Do outro lado, o bar também se abre para a área social e está junto aos dormitórios, na área privada da casa.

Madeira e concreto coexistem

A madeira está presente desde a fachada até o interior, utilizada nos acabamentos e mobiliário. Ela ajuda a organizar o programa de forma simples e eficiente ao lado de outros materiais, criando uma atmosfera minimalista.

A casa foi construída em concreto armado revestido por argamassa branca. O pátio interno do SPA é cercado por uma parede de pedras naturais. No piso coexistem dois tipos de materiais: o concreto aparente toma toda a área social e de serviço, enquanto a madeira prevalece no setor íntimo.

Iluminação que valoriza

Destaque, a iluminação valoriza espaços internos e externos. Durante o dia, a luz natural é aproveitada ao máximo, uma vez que as transparências e aberturas dos panos de vidro favorecem a penetração dos raios solares nos ambientes, dispensando a iluminação artificial. À noite, a Casa Lee é provida de um projeto luminotécnico embutido no piso capaz de destacar seus volumes e madeirados, além da piscina e do jardim com paisagismo do profissional Gil Fialho.

No interior, luzes pontuais – e não gerais – ou simplesmente funcionais estão localizadas de forma estratégica, deixando os elementos da decoração evidenciados pela luz. São móveis, bancadas, painéis de madeira e muro de pedras detalhados e vistos de um novo ângulo, à medida que a luz se faz.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2008
  • Conclusão da obra: 2012
  • Área do terreno: 4.000 m²
  • Área construída: 900 m²

Ficha Técnica

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