Refúgio em meio à Mata Atlântica

Texto: Vitória Oliveira

O escritório de arquitetura studio mk27 assina o projeto arquitetônico da Casa da Mata, que está localizada em Guarujá (SP), cidade rodeada pela Mata Atlântica, daí o seu nome. “Nosso objetivo era potencializar a conexão entre a arquitetura e a natureza. Assim priorizamos a bela vista para a natureza, tendo como pano de fundo o mar, além da incidência de luz solar nos ambientes”, conta o arquiteto Marcio Kogan.

Programa invertido

A Casa da Mata tem três pavimentos: térreo, bloco íntimo e bloco social. O programa é totalmente diferente do que é comumente visto em residências: a piscina, a sauna e a área social estão na cobertura, e os dormitórios, no pavimento inferior.

No térreo, o pátio coberto com deck de madeira foi destinado às crianças. Nesse mesmo pavimento há uma sala para atividades infantis, um lavabo, a copa e a área de serviços. Nas paredes de concreto aparente ao lado da escada de acesso ao bloco íntimo há uma obra de arte do artista dinamarquês Olafur Eliasson, que ilumina o espaço.

O primeiro andar é composto de seis suítes, cinco delas com varanda com vista para a Mata Atlântica.

No segundo pavimento fica o bloco social, constituído pelas salas de estar e jantar e a cozinha. Esse pavimento abriga ainda uma extensa área de lazer, que fica na varanda e tem piscina e espaço para fazer fogueira. Todos os ambientes são totalmente conectados.

O design de interiores foi projetado por Diana Radomysler, que criou ambientes contemporâneos. “No projeto de interior da residência, busquei modernizar os espaços e oferecer uma sensação de aconchego que combina com o ambiente tropical”, ela diz.

Materiais predominantes

Os arquitetos exploraram, na Casa da Mata, o concreto aparente e a madeira, tanto nos ambientes internos quanto nos externos. Na fachada dos dormitórios foram colocados brises-soleils – painéis que protegem o ambiente da luz solar.

Contato com a natureza

A natureza está por todos os lados! Ao redor da casa, nos decks de madeira, no térreo, no segundo pavimento e na entrada, onde há um caminho entre árvores com chão de pedra.

Os espaços abertos e integrados do bloco social recebem iluminação e ventilação naturais. Além disso, os arquitetos exploraram a ventilação cruzada, que possibilita a circulação do ar por todos os cômodos.

 

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