Inicialmente o projeto da DM House, desenvolvido pelo arquiteto Guilherme Torres, seria de interiores, mas depois se transformou em arquitetura. Então, a residência dos anos 1970 ganhou luminosidade e espaço. “A casa já existia antes de fazermos a reforma. Era antiga e com grande potencialidade, devido à vegetação que a rodeava e a sua vista”, completa o autor.
Devido às limitações do espaço, e para que o mesmo não ficasse árido, optou-se por um jardim vertical em todo o perímetro de muros. Com as fachadas em reboco sem acabamento é possível perceber a diferença entre os dois pontos.
A vegetação ao redor da casa foi decisiva para a criação dos ambientes, pois a grande área permeável e verde melhora o visual e suas aberturas deixam o ar mais fresco.
Os moradores, um casal com três filhos, queriam que a residência fosse revitalizada para ser mais funcional, tornando-se ideal para atender às necessidades da família. De acordo com Guilherme, “a casa foi planejada dentro de um conceito high-low, que valoriza o contraste de materiais rústicos ou mesmo sem acabamento”.
As peças high possuem alto valor agregado, enquanto as low são básicas e servem para completar o espaço. Ao unir essas duas decorações cria-se um conjunto de estilos harmonioso. Assim, arquiteto e moradora – que se revelou uma expert em design –, puderam criar uma atmosfera única na casa.
Inspirado em um estilo de vida vintage, as peças decorativas foram escolhidas para compor os ambientes, combinadas ao mobiliário escandinavo.
A mesa da sala de jantar, desenhada pelo arquiteto e executada em concreto durante a obra, cria uma discrepância com a parede em mosaico de azulejos. Todos os móveis foram adquiridos em Londres e trazidos na mudança da família para o Brasil.
Os pisos de madeira assentada em escama de peixe ou cimento queimado e as paredes externas sem acabamento são detalhes que tornam o contraste dos materiais os destaques do projeto.
Os clientes têm grande gosto por cores, por isso a casa é repleta de cores e, de certa forma, de diversão. “Os painéis coloridos do térreo dão origem a uma divisão camuflada, pois a sua modulação permite que se criem aberturas, gavetas e portas –e quem não é morador não sabe distinguir um do outro –”, conclui o arquiteto.
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