O Taj é uma rede de bares com referências asiáticas que até 2017 estava presente em apenas dois estados brasileiros: Paraná (Curitiba e Foz do Iguaçu) e Santa Catarina (Balneário Camboriú). No início de 2018, o grupo ganhou uma nova unidade, instalando-se no Setor de Clubes Sul em Brasília (DF), e mais um vez com projeto arquitetônico assinado pelo designer Guilherme Bez – que já havia concebido a casa localizada na capital paranaense.
O conceito do Taj é bem claro: representar os sabores, ritmos e costumes de países asiáticos como Laos, Camboja, Índia e Tailândia. Além de evidenciar a cultura dessas regiões na gastronomia, os proprietários do grupo também precisavam aguçar as sensações dos clientes a partir dos próprios ambientes das casas.
No Taj Brasília, Bez usou e abusou de objetos de decoração, como budas, dragões, ganeshas e mandalas. No quesito materiais, madeira e bambu são destaque. Todos esses elementos ficam ainda mais em evidência por conta da iluminação, ora intensa ora intimista. “A ideia era criar um clima de mistério, drama e contemplação em uma única experiência aos clientes”, comenta o designer.
Ao chegar ao bar, o público é surpreendido pela fachada composta por uma trama metálica dourada que abraça todo o estabelecimento. O desenho dessa segunda pele forma pirâmides, cujos traços fazem alusão à escama de um dragão – forte elemento cultural dos países asiáticos. "É como se ele estivesse em movimento passando por toda a fachada do Taj", explica Bez.
As pirâmides douradas conformam módulos que criam grandes triângulos como um templo sagrado. A figura geométrica, que na cultura asiática indica progesso e properidade, ainda aparece na letra “A” do nome Taj.
Com traços típicos da arte balinesa, a porta de entrada foi completamente entalhada em madeira maciça. Ao passar por ali, o cliente depara-se com uma fonte d’água e uma cabeça de buda de 2 metros de altura que flutua sobre um espelho d´água no qual vivem carpas e plantas aquáticas.
O programa do Taj Brasília se divide em dois pavimentos. No piso térreo foram alocados sushi bar, lounge, bar central e salão principal, enquanto o andar superior abriga um salão secundário.
No térreo, pendentes balineses em forma de gotas, flores e bolas caem do forro suspenso curvado, que por sua vez se abre para o altar onde foram inseridas peças do buda-mãe e dos dragões-de-komodo. Na parede ao lado, segue exposta a colorida arte barong realizada pelo artista André Mendes.
O tradicional painel de fotos com a logo do Taj (presente nas outras unidades do bar) foi feito em bambu entrelaçado, confeccionado pelo artista colombiano Juan Pablo Martinez. Desse mesmo material foram fabricadas as cadeiras e luminárias empregadas no sushi bar e no lounge.
De acordo com Bez, o acesso ao segundo andar é feito por duas escadarias iluminadas, separadas por uma palmeira de sete metros de altura e protegidas por uma cascata de correntes. Essa área ainda se destaca pelo grande forro piramidal executado com sete mil ripas de bambu.
A acessibilidade aos cadeirantes é feita com plataformas elevatórias para este segundo andar, com vista panorâmica. Para os deficientes visuais, um piso tátil na entrada e o braile nas escadas facilitam a locomoção.
Nos banheiros, chamam a atenção as cubas de pedra e a madeira petrificada acomodadas sobre o mármore retroiluminado.
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