O olhar minucioso do arquiteto Gabriel Garbin diluiu os limites físicos e visuais para que os moradores tivessem uma vista privilegiada da paisagem. A disposição espacial respeitou a natureza do entorno, orientando todos os ambientes da Casa FBV WP para a mata preservada, que é a grande protagonista do projeto.
“Privilegiando o sol, a mata, a piscina e o convívio entre amigos, chegamos à disposição da edificação no formato “L”, voltada para o pôr do sol e com o centro do terreno como ponto de união dos olhares e da convivência. A percepção do dentro e fora se difundir a todo instante”, expõe Garbin.
O partido arquitetônico é relativamente simples. São dois volumes brancos ligados perpendicularmente a um terceiro, mais alto, em pedra.
Marcando a entrada da casa com uma linguagem contemporânea, um volume de madeira composto por muxarabis, que criam interiores cheios de luz.
À direita, ficam as suítes. Mais à frente, está a piscina e o volume social. Nele, foi posicionada a área de serviços, cujo acesso se dá tanto pelo social quanto pelo corredor externo.
No anexo que delimita a edificação, foram desenhados os equipamentos de uso esporádico: sala de jogos, sauna e spa, ambos têm vista para a quadra de tênis e para a abundante vegetação do entorno.
A varanda pode ficar totalmente integrada ao living através dos caixilhos que, quando abertos, se agrupam na parede que divide a sala de jantar e a cozinha, permitindo a abertura total do espaço.
“Promovemos a convivência em diversos pontos da residência, com uma integração visual proposital entre todos os ambientes destinados ao uso social, ainda que em alguns momentos ela não seja tão próxima”, explica o arquiteto.
A casa é permeada por jardins que trazem o azul do céu para o interior – dentre eles, o do corredor de circulação de acesso à área íntima, que estende um último respiro antes do momento de descanso.
Todos os dormitórios têm acesso por esse corredor-jardim, acentuando a iluminação natural e a ventilação cruzada. O jardim é uma expansão da mata e provoca a sensação de integração da natureza à edificação.
Nos dormitórios, o estúdio criou bancos que servem tanto como apoio quanto como decks privativos nas varandas, trazendo a sensação de integração entre paisagem e área intima. Neles, os moradores podem contemplar a vista do pôr do sol.
Os arquitetos buscaram aproveitar os recursos da região, como pedra, madeira e texturas para as paredes.
A equipe visou conduzir o espectador por entre cenas, com aberturas propositais criadas para os diversos momentos do dia. Além disso, os pequenos quadros de paisagem e de céu atraem olhares de dentro da edificação para a vida na natureza.
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