Ao caminhar pela Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, é quase impossível não notar a intrigante fachada de elementos vazados que se encontra na altura do número 3.804. É ali que está instalado o Emiliano Hotel, que convida os hóspedes a se integrarem à cidade maravilhosa.
O hotel é uma homenagem às belezas naturais do Rio de Janeiro e um convite aos hóspedes para aproveitar seus serviços e ambientes Arthur CasasAssim como em São Paulo, a rede hoteleira convidou o escritório brasileiro Studio Arthur Casas para traçar a arquitetura, em coautoria com o arquiteto americano Chad Oppenheim (Oppenheim Architecture), que assinou a concepção inicial do projeto.
O hotel foi construído num terreno de 956 m² e seguiu à risca a lei que limita altura e distância de edificações construídas próximas à orla para evitar sombras na praia. O programa, organizado em 9.734 m², foi dividido em 12 andares, com 90 apartamentos que variam de 42 a 120 m².
Logo na entrada fica um bar, a partir do qual as pessoas podem seguir tanto para o restaurante ou centro de negócios, quanto para a recepção, onde há uma área exclusiva aos hóspedes.
O Emiliano Hotel também conta com serviços especiais de bem-estar e relaxamento, como o spa, que dispõe de saunas, chuveiros especiais e academia.
Mas é na cobertura que se dá o ápice da conexão com a capital carioca. Um deck e uma piscina de borda infinita foram instalados no último andar, oferecendo uma vista de toda a orla. “O hotel é uma homenagem às belezas naturais do Rio de Janeiro e um convite aos hóspedes para aproveitar seus serviços e ambientes”, menciona o arquiteto Arthur Casas.
Revestida por cobogós inspirados nas curvas da paisagem carioca, a fachada do hotel é um dos elementos de destaque. Além de terem sido desenhados exclusivamente para o projeto, esses painéis vazados se contrapõem ao concreto das estruturas vizinhas, trazendo mais identidade à estrutura.
Por ficarem em contato direto com a brisa do mar, eles receberam tratamento com uma tecnologia especial e foram fixados em esquadrias, podendo ser completamente abertos na varanda dos dormitórios – o que, por sinal, cria diversas configurações de fachada. Quando fechados, garantem privacidade aos apartamentos, mas sem barrar a ventilação e a iluminação naturais ou a vista do entorno.
O projeto de interiores combina requinte com a informalidade carioca e remete ao modernismo brasileiro, aos tempos áureos da boemia carioca e às riquezas naturais do Rio.
Logo na recepção, há um painel do artista e paisagista Roberto Burle Marx, que inspirou o arquiteto Arthur Casas a traçar o design dos ambientes internos. Na decoração, peças de designers renomados dos anos 1950, como Sergio Rodrigues, e de designers contemporâneos, como a italiana Paola Lenti.
O próprio Arthur Casas desenhou alguns móveis, como as banquetas metálicas tecidas com palha de banana, as mesas das suítes feitas com fragmentos de mármore e as Cadeiras Lampião do restaurante principal, além dos painéis tridimensionais em madeira – presentes nos elevadores.
Os revestimentos ganharam cores claras, deixando o destaque para os materiais 100% brasileiros, como madeira de carvalho branco, palha natural, mármore branco do Paraná, granitos, pedras e outros.
O paisagismo aparece somente no interior do Emiliano Hotel através dos jardins verticais. No térreo, o verde reproduz a coloração da Floresta Atlântica e envolve o restaurante, enquanto uma segunda composição foi criada na área privada dos hóspedes, fazendo-os se sentir em um passeio pelo calçadão de Ipanema. Por fim, a cobertura recebeu uma vegetação cuidadosamente selecionada devido à ação do vento e da umidade marítima.
Diaoyutai Hotel Hangzhou, por CCD (Cheng Chung Design)
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