Quando a designer de interiores Noura Van Dijk convidou o arquiteto Arthur Casas para dar vida a sua nova morada, pediu uma construção com linhas retas, integração de espaços e abertura total para o entorno. O resultado foi um projeto arquitetônico contemporâneo e totalmente abraçado pela vegetação da Mata Atlântica.
A Casa NVD, como foi batizada, foi inserida em um terreno de 4.652 m² no Condomínio Quinta da Baroneza, na cidade de Bragança Paulista (SP). Junto com a localização privilegiada, veio a ideia de organizar o programa da residência em um jogo de volumes sobrepostos, com grandes vãos e balanços, em 1.277 m² de área construída. Desse modo, todos os ambientes aproveitam ao máximo da integração entre si e da amplitude espacial.
A projeto foi desenvolvido para ser o refúgio da designer de interiores e sua família aos finais de semana, ou seja, deveria ser sinônimo de descanso e lazer.
Mesmo robusta, a volumetria da Casa NVD interfere minimamente na paisagem. O arquiteto optou por desenvolver uma estrutura discreta, que não pode ser vista da rua – sua grandiosidade é revelada quando se cruza a porta de entrada ou quando a morada é observada a partir do campo de golfe, localizado nos fundos do terreno. “Quando a Noura Van Dijk me chamou para fazer este projeto, fiquei encantado com o local, porque está em frente ao campo de golfe e bem ao lado de uma reserva da Mata Atlântica”, revela Casas.
Outro pedido especial da moradora foi que sua propriedade se diferenciasse da construção ao lado, de forma que cada uma tivesse a sua própria identidade. Por isso, o grande balanço foi erguido em frente ao campo de golfe, voltando o volume principal da estrutura para a parte posterior do lote.
Quando a Noura Van Dijk me chamou para fazer este projeto, fiquei encantado com o local, porque está em frente ao campo de golfe e bem ao lado de uma reserva da Mata Atlântica Arthur CasasO volume inferior, que corresponde ao subsolo, recebeu a área de serviço e as demais dependências, como spa e sauna. Esse bloco foi revestido de granito rústico.
No térreo – pavimento intermediário desenhado em forma de L –, foram concentrados todos os espaços sociais e dos hóspedes: cozinha, três suítes para as visitas, sala íntima, copa voltada para a mata e uma grande sala com um vão livre de, aproximadamente, 20 metros, com lareira, terraço e churrasqueira. “Nesse nível tem uma ampla área de lazer, onde estão a sauna, o ofurô, a sala de ginástica e um canto, onde acredito, eles se encontrem nos fins de tarde”, comenta o arquiteto.
“Foi criada uma área central de ‘louceiro’ com uma bancada na extensão total que atende as três áreas de refeição. O living está totalmente integrado com o terraço e deck da piscina. Se quisermos separar é só fechar os painéis de vidro”, complementa a moradora e designer de interiores, Noura Van Dijk.
Esse bloco intermediário foi revestido por massa e se destaca do corpo da residência, já que foi projetado como um robusto balanço. Neste pavimento há também um telhado verde que integra a estrutura ao entorno e age como solução sustentável para o equilíbrio térmico da casa. “Esse teto verde tem captação de água, que vai para uma cisterna e pode ser usada para lavagem em geral”, complementa Casas.
No último volume foram acomodadas a suíte máster, o home office e as três suítes dos filhos. Mesmo reservada, todas as varandas da ala íntima têm vistas para o exterior e acesso à cobertura verde do piso abaixo, proporcionando melhor proveito da visão para o campo de golfe e paisagem.
Para o arquiteto, o destaque mais interessante do projeto é o modo como ele abraça todas as áreas verdes que o rodeiam. “Por exemplo, a copa, que é o lugar onde tomam café, está de frente para mata; a sala de jantar voltada ao campo de golfe; o spa, que é todo envidraçado, é virado para a mata; o living e o terraço ficam diante do campo e assim vai. Eu acho que é a mistura de sensações que torna o percurso interessante na morada”, opina Casas.
No projeto de interiores, diversas peças foram assinadas pelas moradoras, como as de marcenaria fixa, armários das suítes, móvel em madeira com painel de treliça da entrada, mesa revestida em azulejo do terraço e marcenaria do SPA.
Entre os materiais usados, predominam madeira e tecidos naturais. “Além do mobiliário de design nacional, foram utilizadas peças da Vitra e da Tribu, e muita marcenaria com desenho desenvolvido pelo meu escritório”, conta Van Dijk.
Além do mobiliário de design nacional, foram utilizadas peças da Vitra e da Tribu, e muita marcenaria com desenho desenvolvido pelo meu escritório Noura Van DijkPor fim, os elementos usados na arquitetura são basicamente massa raspada e massa rústica, que ficam, tanto na fachada, como na parte inferior das áreas sociais. Há também a madeira no teto e no revestimento externo do pavimento superior.
O projeto de iluminação da residência foi pensado para ser intimista, com vários circuitos que proporcionam diferentes cenas.
Já o paisagismo, assinado pelo profissional Luiz Carlos Orsini, complementou totalmente o de arquitetura, uma vez que o verde invade a morada em todas as fachadas e ambientes sem exceção, buscando dar continuidade à mata nativa da região.
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