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Casa em Ubatuba II

Casa em Ubatuba II
Com projeto do escritório spbr arquitetos, a Casa em Ubatuba II parece flutuar no terreno em que foi implantada. Imagens: Nelson Kon
Casa em Ubatuba II
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Pouso sobre a paisagem

Texto: Nuri Farias

As árvores de uma região paradisíaca do litoral norte de São Paulo abraçam esta volumosa residência que, assim como a construção vizinha, foi projetada pelo escritório spbr arquitetos. Não houve movimentação de terra e nem arrimos. Nós usamos o patamar da casa existente sobretudo como um canteiro de obras Angelo BucciNomeada de Casa em Ubatuba II, a morada dialoga com o entorno e interfere minimamente nas áreas verdes da Mata Atlântica que a cerca.

O projeto arquitetônico eleva-se sobre o terreno íngreme de 887 m² em que foi inserido, sem tocar o chão e transmitindo leveza estrutural ao bloco de concreto que parece flutuar na natureza.

Patamar de encaixe

O lote em que a Casa em Ubatuba II foi implantada era ocupado por uma outra residência, que se tornou um patamar de encaixe para o novo projeto em meio à mata, permitindo uma construção sem danos. “Não houve movimentação de terra e nem arrimos. Nós usamos o patamar da casa existente sobretudo como um canteiro de obras”, menciona o arquiteto Angelo Bucci.

A partir disso, uma plataforma externa foi criada onde a topografia, com 50% de declive, forneceu um pedaço plano de terra para enquadrar a residência em 350 m².

O projeto foi organizado em um prisma quadrado principal de 10 x 10 m, com 6 m de distância do solo, e outros dois volumes laterais pequenos. Mesmo com tamanha extensão, essa casa de fim de semana foi construída sem excessos, mas com toda a funcionalidade necessária para receber confortavelmente os proprietários.

Volumes estruturais

A implantação da estrutura foi feita do nível da rua para baixo e sem nenhuma obstrução da paisagem. A garagem é o primeiro volume lateral e, a partir dela, a visão já alcança a praia no fundo do terreno. Abaixo há uma pequena moradia, que pode ser usada para acomodar os caseiros ou os hóspedes.

O volume principal da residência é separado da rua e seu acesso é feito por uma passarela externa que liga o estacionamento com a cobertura. O telhado é um mirante particular e um dos espaços mais acolhedores, construído para receber os amigos, dar festas, apreciar a paisagem ou simplesmente descansar.

O telhado tem uma plataforma externa que funciona como um belvedere acolhedor para os moradores e visitantes Foto: Nelson Kon 

Há também uma escada lateral que vai para o setor dos dormitórios. Descendo mais um pouco por esse pavimento encontra-se a sala de estar e a cozinha. Abaixo delas, anexada ao nível do solo, está a varanda com a piscina e um ambiente de lazer, o segundo volume lateral da casa.

“A cozinha principal está nivelada com a sala de estar e tem outra de apoio superaparelhada que está no nível da piscina. Tem também uma outra na parte de cima, mas um pouquinho menor que serve para dar suporte às festas”, comenta a arquiteta Tatiana Ozzetti.

Seguindo pela varanda há uma escada sinuosa no jardim que leva até a praia.

Concreto predominante

Material predominante na estrutura do projeto, o concreto é a base para a construção dos três volumes.

Do nível da piscina, que é o mais baixo, o terreno continua caindo, e então começam as copas das árvores. Pode ser que nesse ponto se tenha uma visão menor da praia, mas há uma relação forte com paisagem Tatiana Ozzetti

A casa principal é composta de duas paredes estruturais de concreto, cada uma apoiada em dois pilares, um de cada lado, do mesmo material. Existem vigas invertidas na cobertura que sustentam a laje intermediária – setor dos dormitórios – e outras duas vigas também na última laje.

Ozzetti explica que as conexões entre os três blocos são feitas com uma estrutura metálica mais leve e outra de madeira, como no caso do deck da piscina.

Além disso, o vidro foi utilizado em pontos estratégicos para privilegiar a vista para o entorno, já que a ideia principal era que os moradores conseguissem enxergar a praia de todos os ambientes.

“Do nível da piscina, que é o mais baixo, o terreno continua caindo, e então começam as copas das árvores. Pode ser que nesse ponto se tenha uma visão menor da praia, mas há uma relação forte com paisagem”, ressalta a arquiteta.

Todos os ambientes da Casa em Ubatuba II recebem ventilação cruzada para o conforto dos moradores. Até os vidros que se abrem para a praia têm um sistema de proteção com quebra-sol para não deixar os espaços expostos. O sombreamento é um toldo com filtro solar que vai na frente do vidro externo por fora.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2013
  • Conclusão da obra: 2014
  • Área do terreno: 887 m²
  • Área construída: 350 m²

Ficha Técnica

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