O Colégio Marista, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi projetado pelo escritório spbr arquitetos com a proposta de ter um núcleo didático organizado em torno de um vazio que prevalece como espaço central da construção. “Definido pelo edifício que o contorna, este vazio remete aos pátios dos antigos colégios e aos claustros dos mosteiros, mas aqui ele lembra um pátio aberto, como se fosse um claustro sem chão”, explica o arquiteto e autor do projeto, Angelo Bucci.
O escritório spbr arquitetos projetou o colégio Marista com o objetivo de criar para as crianças um lugar de origem, com ambientes e paisagens que constituirão o mundo das imagens e instigarão a imaginação dos alunos a construir um mundo e futuro melhor.
“Cada andar de implantação corresponde a diferentes níveis de ensino, para que os alunos reconheçam na arquitetura a estrutura didática da escola”, comenta o arquiteto. As crianças no primário, e também na creche, têm um pátio que lhes proporciona uma dimensão possível de apropriação, e ao mesmo tempo os preserva. Para o conjunto da escola, esses pátios são rebaixados.
Foi desenvolvido um laboratório para cada setor específico de conhecimento, como por exemplo as áreas de humanas, exatas e biológicas. Cada um permite às crianças reconhecer suas próprias preferências de estudo e, assim, projetar seu futuro fora da escola, para serem músicos, físicos ou biólogos.
“Além desse núcleo pedagógico implantado a partir do pátio central, a ordem dos elementos arquitetônicos da construção expressa com clareza importantes instituições da sociedade, representadas pelos eventos, esportes, pelo teatro e pela capela. Dispostos dessa maneira, o partido lembra uma pequena cidade, com cada uma das áreas envolvidas na vida da escola também representada pela arquitetura”, relata Angelo.
As salas de aula definem um núcleo a partir do qual irradiam as funções de apoio diretamente ligadas às atividades didáticas, como administração, biblioteca e laboratórios.
O térreo liberado é o ponto de encontro de tudo, é o espaço dedicado ao convívio de todos. A ideia é que os alunos possam usar o local em vá rios momentos: nos horários livres, quando forem ao refeitório, aos acessos, às diversas atividades, às apresentações de teatro, à entrada e saída da escola e durante as celebrações aos domingos.
“A capela, o teatro e o centro de eventos fazem um único conjunto que constitui o espaço cívico da escola usado para grandes encontros e celebrações. O conjunto de quadras esportivas pode ser ocasionalmente convertido em um grande espaço para eventos”, conta o arquiteto.
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