O Hospital do Câncer de Barretos, em São Paulo, nasceu há cinquenta anos em pró da cura do câncer. “Fomos convidados para a concepção do museu no hospital. O convite tinha o objetivo de propor um programa e também selecionar um arquiteto para projetar o edifício”, relata o arquiteto autor do projeto Angelo Bucci, do escritório spbr arquitetos.
“A sua fachada oeste atende a rua pública e a fachada leste protege a área verde. Ao norte longitudinal está o Hospital do Câncer Infantil e ao sul, o edifício que oferece vinte apartamentos para as famílias das crianças em tratamento”, conta o arquiteto.
Todo o programa deste novo edifício abrange 4.800 metros quadrados é dedicado a promover e divulgar o conhecimento em particular no domínio das ciências principalmente com foco na prevenção do câncer infantil. Há quatro áreas principais que compõem o edifício, promovendo o diálogo e apoiando o propósito de troca de conhecimento. São elas: o espaço de exposição; o auditório; a biblioteca e as salas. Todas foram combinadas em um único edifício. Cada uma delas tem a sua individualidade preservada e possui uma expressão clara. Sua identidade é interessante, pois, do exterior é possível que o visitante visualize as atividades internas.
“O edifício é estruturado horizontalmente com 120 metros de comprimento, e verticalmente, em três andares. O nível do solo foi preservado de qualquer entrada ou função diretamente ligada a esse nível. Um visitante, que se aproxima de qualquer lado, é orientado intuitivamente sob os pilotis e em direção ao espelho d'água no centro. A partir desse ponto um par de escadas convida o visitante para a praça accueil, um pátio subterrâneo com 30 x 30 m, que acolhe a todos com um café e um restaurante, um balcão de informações e uma loja do museu”, explica Angelo.
A partir desse ponto, os visitantes são guiados cada um para o seu destino, que pode ser o espaço de exposições e auditório naquele mesmo nível ou a biblioteca e as salas multiúso no pavimento superior. Espaço para exposições e auditório exploram a verticalidade necessária como ligação dos três níveis do hospital.
Questões de sustentabilidade foram um dos pré-requisitos. O edifício tende a funcionar de acordo com as metas atuais, que são o baixo consumo de energia e o baixo custo ambiental de manutenção, que tem grande significado social.
“Além disso, a arquitetura do prédio tem um elevado nível de exigência: um link para toda a comunidade do Hospital do Câncer de Barretos, criado para fornecer uma identidade para a obra monumental realizada por essa instituição”, finaliza.
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