Mille Arbres (“Mil Árvores” em português) será um novo projeto de uso misto localizado em Paris (França), perto da famosa estação de metrô Porte Maillot. A concepção do local caberá a dois escritórios de arquitetura, ambos reconhecidos por sua preocupação com a natureza e o meio ambiente.
O arquiteto japonês Sou Fujimoto (Sou Fujimoto Architects) nutre uma reflexão contínua sobre as relações entre homem, natureza e arquitetura. E o arquiteto francês Manal Rachdi (OXO Architects) também coloca o meio ambiente no coração da cidade. Juntos, eles desenvolverão a edificação que se tornará um elemento importante para o bem-estar local, unindo a “cidade luz” com seus arredores de modo arquitetônico, ecológico e sustentável.
O projeto também contará com o auxílio da empresa imobiliária OGIC e da construtora Compagnie de Phalsbourg.
O Mille Arbres recebeu esse nome devido às exatas mil árvores que serão plantadas ao longo de sua extensão. As espécies foram selecionadas com base na sua capacidade de crescer na atmosfera urbana. Todas serão plantadas acima da rodovia, pois ajudarão a esconder a última fronteira de Paris, criando ao mesmo tempo uma barreira contra a poluição. "O projeto, com sua aldeia e floresta habitada, propõe um novo horizonte verde para Paris", comentam os arquitetos Sou Fujimoto e Manal Rachdi.
Parisienses e turistas serão imersos em um ambiente protegido pela diversidade biológica em um contexto urbano. O parque central do projeto incluirá uma Casa da Biodiversidade, administrada pela Ligue de Protection des Oiseaux (Liga da Proteção de Aves), que também será um lugar para aulas educativas e oficinas. Haverá também uma Casa de Jardinagem.
O parque se chamará “Caminho da Biodiversidade" e nele os visitantes poderão experimentar o verdadeiro ecossistema de uma floresta. Os caminhos se conectarão de volta ao nível da rua através de grandes anfiteatros, projetado para o encontro de pessoas e realização de eventos.
A premissa foi projetar algo híbrido e ecológico. “Em primeiro lugar, é um conceito inovador de uma cidade vertical. É um edifício e uma resposta urbana exclusiva para todo o perímetro. A edificação será um ecossistema natural habitado, onde os apartamentos, escritórios, hotel e jardim de infância estarão rodeados pela vegetação”, mencionam os arquitetos.
O prédio foi projetado para ser permeável, com múltiplos caminhos através dele. A rua interior no nível do solo (La rue Gourmande), juntamente com a sua praça de alimentação, se tornarão elementos centrais.
O programa incluirá também setores corporativos, um hotel, uma rua interior com praça de alimentação, vários programas para crianças e um terminal de ônibus.
Os dois andares superiores serão destinados às 200 unidades residenciais. Toda a projeção terá qualidades arquitetônicas semelhantes para que seja possível criar, no último andar, a primeira vila construída com materiais baseados em biologia no mundo.
Organizadas em torno de caminhos para pedestres, as casas se fundirão à natureza, recebendo luz e ventilação naturais.
O Mille Arbres desenvolverá uma estratégia de integração e otimização com todo o convívio francês. O projeto oferecerá reversibilidade e flexibilidade para os programas, um dos principais desafios da sua concepção. “Permitiremos que os escritórios se tornem habitação, que o hotel seja para uso do escritório ou residencial. Desta forma, tudo poderá se adaptar às transformações da cidade ao longo do tempo”, concluem os arquitetos.
Centro Aberto, por METRO Arquitetos Associados
Projeto Urbano Córrego do Antonico, por MMBB Arquitetos
Urbanização da Orla do Rio Cotinguiba, por Coletivo de Arquitetos
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