Inspirada nas casas de campo de algumas regiões da Itália e da França, a Residência AP também adota elementos da arquitetura brasileira. Telhado de barro, pedra, madeira e cerâmica são os materiais que o escritório Simone Meirelles Arquitetura e Interiores escolheu para esta morada com essência de fazenda.
Segundo a arquiteta Luciana Costa Vita, os proprietários queriam uma casa de campo rústica e simples que os ajudasse a desconectar da rotina urbana. Deveria ser o local ideal para curtir a família e os amigos aos finais de semana no interior de São Paulo.
“Eles citavam muitas referências das casas de campo da região da Toscana e de Provença. Nosso desafio foi atender a essas expectativas, trazendo as características da arquitetura brasileira e respeitando as necessidades que implicam o clima tropical”, introduz Vita.
A arquiteta conta que os materiais utilizados contribuíram para manter a Residência AP sempre fresca em seu interior – um quesito muito bem-vindo tendo em vista as altas temperaturas durante o dia. “Além disso, eles permitiram que a casa se integrasse bem à natureza do entorno”, complementa.
Dessa forma, o bloco principal – que é assobradado – foi revestido em pedra bruta. Em contraponto, o bloco térreo recebeu uma textura rústica, um tom abaixo do tom da pedra natural.
Fabricados em cerâmica natural, os pisos interno e externo reforçam a sensação de integração entre os ambientes. Outras peças mais decorativas foram usadas no espaço gourmet e nos lavabos com o objetivo de levar mais delicadeza e cor. Em contrapartida, as paredes internas ficaram na massa única para pintura, conferindo leve textura e rusticidade.
Já a madeira natural aparece na escada, caixilhos e forros para dar aconchego aos moradores.
Junto às telhas de barro, os beirais generosos e as venezianas ventiladas garantem um clima agradável na Residência AP. As janelas, inclusive, foram planejadas para formar a ventilação cruzada. “Com isso, também criamos ambientes bem iluminados, minimizando a necessidade de iluminação artificial e de ar-condicionado”, explica Vita.
A implantação segue em dois blocos (térreo e assobradado), por sua vez conectados por uma varanda/living que aproveitou ao máximo as dimensões do lote. Isso porque integrou o jardim do recuo à área de lazer, o que resultou ainda numa grande perspectiva do terreno para quem se encontra nas varandas. “A intenção era executar uma implantação coerente com a insolação, que garantisse a privacidade da área de lazer, além de romper o mínimo possível com o horizonte”, afirma a arquiteta.
Ainda de acordo com ela, as salas de estar e jantar integram-se à varanda e ao espaço gourmet de modo que as pessoas possam interagir entre si enquanto ocupam diferentes ambientes da casa.
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