A arquitetura contemporânea e de linha retas do Edifício Adelaide, em Salvador, cria um interessante contraste com a paisagem histórica da parte baixa da cidade. Inserido às margens da Baía de Todos os Santos, o edifício residencial de alto padrão valoriza ao máximo sua localização, proporcionando ao morador um inegável conforto visual.
Assinado pelo escritório SQ+ Arquitetos Associados, seu projeto arquitetônico busca ter uma relação sensorial com o usuário. "O projeto utiliza iluminação e ventilação naturais, além de tirar partido da relação com o entorno, sobretudo com o mar”, comenta o arquiteto Sidney Quintela.
Os materiais e sistemas aplicados nas fachadas do Edifício Adelaide tiveram como premissa garantir conforto térmico e eficiência energética. Brises-soleis foram usados na entrada do empreendimento para se obter uma boa ventilação. Na face voltada para o mar, optou-se por vidros de alta eficiência, que proporcionam leveza e redução do consumo de energia elétrica.
“Todas as pedras naturais aplicadas em pisos e fachadas foram tratadas com nanotecnologia, a fim de proteger o material das intempéries naturais e garantir uma maior longevidade e baixa manutenção”, esclarece Quintela, mostrando que a busca por uma construção econômica foi uma preocupação ao longo do trabalho.
A transparência do Edifício Adelaide permitiu maior integração do externo com o interno e valorizou significativamente as circulações e acessos ao prédio. A entrada principal, por exemplo, é feita por um amplo lobby que possui vista total para a paisagem do mar baiano. Além disso, os elevadores sociais são panorâmicos e virados para a Baía de Todos os Santos.
“Prismas em estrutura metálica e fechamentos em vidros, com 21 m de altura, que abrigam os elevadores panorâmicos, funcionam como grandes átrios que conectam a área interna do edifício e a externa, que acessa a piscina, o píer e o mar”, completa.
A estrutura mista do projeto, metálica e de concreto, e a utilização de pró-tensão nas vigas em concreto armado, ajudaram na criação dos grandes vãos livres do Edifício Adelaide.
Todas as áreas comuns do Edifício Adelaide foram decoradas com peças discretas e consagradas de designers nacionais e obras de arte assinadas por artistas locais com relevância internacional.
O arquiteto Sidney Quintela aplicou ‘brasilidade’ em todo o conceito arquitetônico, desde a sua exposição à luz solar até a sua relação livre com o entorno. No mobiliário, o protagonismo vai para a poltrona DIZ, do célebre design brasileiro Sérgio Rodrigues.
Visto que todos os níveis são contemplados com pisos nivelados, o Edifício Adelaide é 100% acessível, e os desníveis entre andares possuem elevadores com dimensões adequadas. Todas as passagens têm dimensões mínimas que permitem acessibilidade universal.
De acordo com Quintela, o edifício foi dotado de um sistema de captação de águas pluviais para reúso na limpeza das áreas comuns e para a rega dos jardins, visando a utilizar a água potável de forma racional.
Escritório
Termos mais buscados