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Casa D&C

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Diego Alcântara desenvolveu o projeto da própria residência com funcionalidade e influência da arquitetura modernista brasileira. Imagens: Mak Cézar
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Modernismo rústico

Texto: Nuri Farias

A Casa D&C foi inspirada nas referências nostálgicas e culturais do proprietário e arquiteto responsável pelo projeto arquitetônico, Diego Alcântara. A residência também teve forte influência da arquitetura modernista brasileira e portuguesa, de mestres como Marcelo Ferraz (Brasil Arquitetura), Lina Bo Bardi, Paulo Mendes da Rocha, Vilanova Artigas, Álvaro Siza e Souto de Moura.

A ideia era fazer uma casa prática e versátil em seus suficientes 216 m², que fosse funcional e confortável para uma família com três filhos pequenos Diego Alcântara

A noção de funcionalidade permeou toda a concepção da obra, de modo a proporcionar bem-estar e conforto à família. “A ideia era fazer uma casa prática e versátil em seus suficientes 216 m², que fosse funcional e confortável para uma família com três filhos pequenos”, resume o autor.

Impermeabilização

O maior desafio para a construção da Casa D&C foi encontrar material e mão de obra específicos na região de Uberlândia/MG sem precisar contratar de outra cidade, evitando, assim, fugir do orçamento pré-definido. A solução foi a criatividade para substituir materiais e acompanhar pessoalmente a execução de todas as etapas durante o processo construtivo.

Alcântara menciona que um dos exemplos para contornar essa dificuldade foi a impermeabilização da laje. “Como, primeiramente, não foi obtido um bom resultado, tivemos que optar pela impermeabilização tradicional por manta asfáltica”, explica.

Materiais brutos

A casa está em um nível abaixo da rua, proporcionando uma vista da cobertura à altura do ponto de observação e uma melhor visualização do jardim, composto por árvores crescidas e pela plumagem roxa do capim texas. A fachada é marcada pelo brutalismo do concreto aparente.

O diferencial do projeto está na sua apresentação rústica, sem fugir da qualidade arquitetônica, mantendo ao mesmo tempo uma arquitetura graciosa, sofisticada e discreta. A fachada da residência é um exemplo disso, com a sua junção de texturas de materiais puros, como o concreto, a madeira, o tijolo e a vegetação, todos explorados em sua forma bruta.

O destaque da casa é a apresentação rústica, sem fugir da qualidade arquitetônica, mantendo ao mesmo tempo uma arquitetura graciosa, sofisticada e discretaFoto: Mak Cézar 

No teto, o concreto da laje é aparente e xilografado com o desenho das ripas de pinus da forma; já o piso de concreto foi polido e encerado para ganhar brilho; e as esquadrias e painéis de madeira em sua cor natural receberam verniz incolor. Por fim, o tijolo maciço aparente pintado de branco que recobre a fachada destaca mais a textura do que sua cor.

Escuro e não refletivo, o teto de concreto pediu um projeto luminotécnico cuidadoso. “Por isso optamos por uma iluminação mais pontual e mais distribuída, como as luminárias e pendentes”, menciona o arquiteto.

Funcionalidade

Em contrapartida, os ambientes de convivência são integrados, proporcionando maior convivência familiar Diego Alcântara

A funcionalidade idealizada pelos moradores está na facilidade de manutenção e limpeza e na dimensão, disposição e proximidade dos ambientes. A casa também possui geração própria de energia com sistema fotovoltaico com autossuficiência de 70%; aquecedores de água solar com tubos a vácuo, com taxa de permeabilidade superior a 30%; e iluminação natural e paredes duplas com proteção termoacústica.

“Uma solução interessante de layout foi a criação de varanda íntima para todas as suítes, proporcionando individualidade e privacidade para os ambientes de repouso”, revela Alcântara. “Em contrapartida, os ambientes de convivência são integrados, proporcionando maior convivência familiar”, completa.

Parte do projeto de interiores e do mobiliário da residência também é assinada pelo arquiteto Diego Alcântara. Ambos seguiram o mesmo conceito, utilizando cores claras e neutras, volumes puros e madeira aparente. O design é limpo, com o objetivo de liberar mais espaço para circulação e mais segurança para as crianças.

Algumas peças especiais do mobiliário, como as cadeiras Charles Eames e as banquetas Girafa da Baraúna, realçam o estilo modernista de todo o projeto.

Escritório

  • Local: MG, Brasil
  • Início do projeto: 2014
  • Conclusão da obra: 2015
  • Área do terreno: 387 m²
  • Área construída: 216 m²

Ficha Técnica

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