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Casa Rouxinol

Casa Rouxinol
O terreno de dois mil m² disponível para a implantação da Casa Rouxinol, no Vale do Paraíba, impôs desafios importantes para os arquitetos do escritório Sergio Sampaio Archi + Tectônica. Imagens: Studio F Visual
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Texto: Juliana Nakamura

O terreno de dois mil m² disponível para a implantação da Casa Rouxinol, no Vale do Paraíba, impôs desafios importantes para os arquitetos do escritório Sergio Sampaio Archi + Tectônica. Se por um lado havia uma vista magnífica para a Barragem do rio Jaguari, por outro, era preciso lidar com um desnível de 50 metros e mais de 300 árvores cadastradas. Reduzir ao máximo os impactos ambientais era uma condição inegociável. Isso determinou as soluções de projeto, desde o desenho, à especificação dos materiais.

Em resposta à topografia agressiva, a implantação se deu em plataformas, permitindo a contemplação da paisagem em mais ambientes. O programa se distribui por três setores interligados por uma circulação vertical concebida com estrutura metálica. O acesso acontece pelo piso superior. O pavimento intermediário abriga as suítes e um quarto privativo. A área social fica no andar inferior. Há, ainda, um atelier e uma área para depósito no espaço do embasamento, construído em concreto ciclópico.

Com linhas minimalistas e amplos panos de vidro, a casa mirante foi projetada com nove módulos de 3,60 m que se repetem nas duas direções e na altura do teto. O trabalho consiste em uma continuidade dos ensaios e estudos que o arquiteto Sergio Sampaio e sua equipe têm realizado nos últimos anos com sistemas construtivos industrializados, especialmente os baseados na combinação do aço com a madeira engenheirada.

“Nesse caso, a partir de segmentos de reta compostos por vigas e pilares de MLC (madeira laminada colada), procuramos encontrar uma modulação eficiente, que chegasse a uma solução racional, com menor impacto ambiental e com redução de custos na produção e no transporte das peças”, revela Sampaio.

Ele conta que a madeira engenheirada tem sido recorrente em seus projetos por ser um material com forte conexão com a sustentabilidade e com a biofilia, além de ser produzido off-site, o que contribuiu para um canteiro de obras mais limpo, com pouco uso de água e geração mínima de resíduos. “Ao mesmo tempo, trata-se de uma alternativa construtiva com excelente desempenho, tanto do ponto de vista estrutural, quanto na promoção de ambientes mais eficientes e confortáveis para os usuários”, conclui. 

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Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Área do terreno: 2.000 m²

Ficha Técnica

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