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Sede do CONFEA

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Na sede do CONFEA a planta tem máxima maleabilidade e a estrutura mista de concreto e aço está a serviço dos vãos livres. Imagens: Leonardo Finotti
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Design e flexibilidade

Texto: Tais Mello

Com cinco pavimentos – um deles, térreo – mais a cobertura e três subsolos de garagem para Os painéis asseguram uma grande área com temperatura intermediária, protegendo as galerias principais Pedro Paulo estacionamento, a nova sede do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), localizada na asa Norte de Brasília, tem no design funcional um de seus grandes trunfos. À primeira vista, a fachada mostra o sistema estrutural misto com uso de cabos de aço que propiciam vãos livres de 22,50 m. A partir do térreo, a frente também revela um brise externo de membrana têxtil perfurada cuja função extrapola a estética, sendo um eficaz meio de proteção solar e, consequentemente, de economia energética de ar-condicionado. “Os painéis asseguram uma grande área com temperatura intermediária, protegendo as galerias principais”, explica o arquiteto Pedro Paulo.

Planta livre

O partido arquitetônico tem projeto de Pedro Paulo de Melo Saraiva, Fernando de Magalhães Mendonça e Pedro de Melo Saraiva – PPMS Arquitetos Associados – e reflete a vontade inicial do cliente de locar parte do prédio para escritórios. “Por isso os andares-tipo – do primeiro ao quarto pavimento –, com 22,5 x 35 m, são livres de pilares e oferecem total flexibilidade de organização da planta. Também consideramos essencial oferecer uma dimensão generosa, capaz de aceitar, com bom desempenho, qualquer hipótese de subdivisão e arranjos dos mesmos”, acrescenta.

Na organização da planta, o pavimento térreo abriga entrada, saguão, recepção, plenário e ambientes de apoio. Os demais pavimentos têm uso administrativo. Já na cobertura, encontram-se refeitório, copa, cozinha, estar e lazer dos funcionários. O espaço foi adequadamente dimensionado para receber eventos sociais como almoços e coquetéis, além de oferecer uma ampla área livre e jardim. Longe de ser convencional, a coberta curva parte de um sistema de arcos triarticulados. Na base do edifício, o estacionamento comporta 122 vagas.

Os painéis partem do térreo, revelando um brise externo Foto: Leonardo Finotti

Concreto e aço

A estrutura mista de concreto e aço foi minuciosamente calculada para permitir os vãos livres e a flexibilidade da planta. Ela apresenta tramos metálicos centrais de 15 m, apoiados em estrutura de concreto com balanços internos simétricos de 3,75 m. Para compensar o desequilíbrio causado pelo carregamento das extremidades internas dos balanços o arquiteto projetou extremidades externas atirantadas de 4 m. Os tirantes de todos os pisos são ancorados nas paredes laterais de fundação, responsável também pelo sistema de contenção lateral dos subsolos.

Avenidas integradas

Outra premissa fundamental no projeto foi a sua inserção no contexto urbano. Para isso, a equipe de arquitetos integrou as avenidas W3 e W2 da Asa Norte, com a implantação livre em pilotis, por meio de galerias periféricas no térreo da edificação, totalmente protegidas do sol. A solução viabiliza o acesso ao edifício pelo eixo transversal de entrada, visualmente marcada por marquises metálicas, acessadas pelas avenidas W2 e W3.

O paisagismo reforça a unidade do conjunto através de uma pequena praça com espelho d’água. A solução ameniza o clima seco de Brasília e interliga o novo edifício à antiga sede do Confea – localizada ao lado –, prevista para futuramente ser transformada em Centro Cultural.

Escritório

  • Local: DF, Brasil
  • Início do projeto: 2009
  • Conclusão da obra: 2010
  • Área do terreno: 2.146 m²
  • Área construída: 10.460 m²

Ficha Técnica

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