Logo Construmarket
Banner

Sede de São Paulo Greenpeace

Sede de São Paulo Greenpeace
Um edifício dos anos 40 localizado no bairro de Pinheiros recebeu o projeto do escritório + K arquitetos para abrigar a sede da ONG Greenpeace em São Paulo. Imagens: Ana Mello
Sede de São Paulo Greenpeace
Sede de São Paulo Greenpeace
Sede de São Paulo Greenpeace
Sede de São Paulo Greenpeace
Sede de São Paulo Greenpeace
Sede de São Paulo Greenpeace
Sede de São Paulo Greenpeace
Sede de São Paulo Greenpeace
Sede de São Paulo Greenpeace
Sede de São Paulo Greenpeace
Sede de São Paulo Greenpeace
Sede de São Paulo Greenpeace
Sede de São Paulo Greenpeace

Um pedacinho do Greenpeace em São Paulo


Texto: Nathalia Lopes

Um antigo edifício com quatro pavimentos, situado em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, passou por uma reformulação para receber a sede de São Paulo da ONG (organização não governamental) Greenpeace – que atua na defesa do meio ambiente.

O espaço neutro possibilitou futuras intervenções espaciais, efêmeras ou não, elaboradas pela própria equipeKeila Costa

Partindo de um escopo econômico, sustentável e com linguagem arquitetônica que expressasse os ideais do cliente, a arquiteta Keila Costa, titular do escritório + k arquitetos , desenhou um layout simples e funcional para o novo prédio . “A concepção foi atender a todos esses itens com mínimos elementos, viabilizando um custo mínimo para a obra”.

Orçamento limitado

“Devido aos limitados recursos financeiros disponíveis para a reforma, a intervenção proposta foi mínima, entretanto, contundente, alterando elementos significativos na arquitetura existente de forma a atender ao programa de necessidades e intenções de ocupações da ONG”, introduz Keila.

A primeira medida que a arquiteta tomou foi eliminar as divisões internas de todos os pavimentos. Assim, os andares deram espaços a quatro grandes salões, interligados por escadas – localizadas nas laterais junto aos sanitários – e um elevador ao fundo. “Com a retirada das divisórias, e o uso das cores brancas e grafite, a arquitetura se tornou o suporte mais neutro possível para as futuras intervenções espaciais, efêmeras ou não, elaboradas pela própria equipe da ONG”, comenta.

Para garantir um bom custo-benefício, o mobiliário também foi desenhado pelo escritório de arquitetura com materiais duráveis. Por exemplo, as mesas são em aço carbono e tampo em MDF formicado branco com passagem para instalações elétricas, dados e telefonia – estas foram previstas de forma aparentes no teto e interligadas às mesas por colunas técnicas. Além disso, existem circuitos independentes para as luminárias próximas as janelas, resultando em economia de energia.

Os vidros fixos que fechavam as aberturas existentes foram removidos e vidros com abertura pivotante vertical, utilizados para fechamento de varandas, foram instalados em todas as aberturas, possibilitando ventilação cruzada no pavimento térreo e nos dois pavimentos superiores.

Um dos pavimentos, sem nenhuma divisão e com a cara dos moradores Foto: Ana Mello

“Como as fachadas transversais são praticamente leste e oeste, foi projetada uma estrutura em aço carbono localizada junto às lajes dos pavimentos superiores 1 e 2 e no topo do edifício interligadas por cabos de aço”. Essa estrutura dá vida ao elemento mais característico da obra: um brise verde, composto por hortaliças pendentes que filtram a luz que entra no edifício, reforça os ideais da ONG e encantam até aquém está passando pela rua a passeio.

Itens como placas fotovoltaicas instaladas na laje de cobertura e aproveitamento da água pluvial não foram deixados de lado.

Estrutura

O prédio é dividido em quatro pavimentos, sendo um subsolo, térreo e dois superiores. No piso inferior está o armazém – cujo projeto de ocupação foi desenvolvido e executado pela própria equipe do Greenpeace –, CPD, sala técnica ao fundo, deck de madeira, redário e um espaço livre entre o edifício e uma casa dos anos 40 que ocupa os fundos do terreno.

O acesso à edificação se dá pelo térreo, onde há uma pequena recepção, salão multiúso, sala de reunião e um bicicletário. Em uma das laterais há uma abertura para veículo que se comunica com o fundo do lote através de uma rampa íngreme.

“Uma vez que o andar térreo teria um uso restrito, ou seja, não aberto ao público, foi proposto um canteiro de plantas ao longo da fachada a fim de desativar o amplo acesso ao térreo sem interferir nas preexistências do edifício alugado, simplesmente retirando o piso intertravado de concreto existente na calçada.” Neste canteiro, foram plantadas as trepadeiras que sobem pela fachada e folhagens nativas e comestíveis (taioba). Ao fundo deste salão no térreo, na janela da sala de reunião, uma jardineira suspensa também foi plantada com plantas nativas e comestíveis, dessa vez a ora-pro-nobis.

Os dois pavimentos superiores são compostos por salões com ilhas de trabalho destinadas às equipes e salas setorizadas na lateral. Esses espaços foram delimitados fisicamente com divisórias de vidro e estrutura em aço carbono, com exceção das salas técnicas que demandavam maior isolamento acústico e visual e que foram delimitadas com divisórias acústicas de gesso.

Como elementos de proteção física, guarda-corpos em aço carbono e cabos de aço foram projetados internamente nos pavimentos térreo e superiores próximos às janelas que possuíam abertura do piso ao teto.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2015
  • Conclusão da obra: 2015
  • Área do terreno: 500 m²
  • Área construída: 2250 m²

Ficha Técnica

Veja outros projetos relacionados