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Sebrae Regional Sudoeste

Sebrae Regional Sudoeste
As atrações naturais da cidade de Bonito (MS) inspiraram o projeto arquitetônico criado por Gil Carlos de Camillo para a sede do Sebrae Regional Sudoeste. Imagens: Erich Sacco
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Bonito de se ver

Texto: Thais Matuzaki

Bonito, cidade localizada a 265 km de Campo Grande (MS), foi escolhida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) para abrigar a regional sudoeste. Não por acaso. Sempre lembrado pelo ecoturismo, o município representa um terreno fértil para o surgimento de negócios ligados ao setor. Ali, portanto, a sede teria campo suficiente para dar suporte aos empreendedores.

A cidade também serviu de inspiração para o arquiteto Gil Carlos de Camillo desenvolver o projeto arquitetônico do edifício. Com volume geométrico e sustentável, o prédio é marcado por um espelho d’água que remete ao tom esverdeado das águas do Rio Formoso (principal afluente) e por um grande painel adesivado no lobby, reproduzindo a Gruta do Lago Azul – patrimônio tombado pelo IPHAN em 1978.

Segundo Gil, a diretoria do SEBRAE solicitou um projeto que atendesse ao máximo aos critérios de sustentabilidade, tanto na construção como na operacionalização do edifício. Além disso, deveria ser icônico para destacar a presença da instituição em Bonito. Implantado logo na entrada da cidade, o prédio desperta a curiosidade dos turistas. “Por esse motivo, foi incluído na rota dos passeios locais”, lembra.

Dividida em dois andares, a regional sudoeste possui 718 mil ² de área construída e compreende áreas administrativas, salas de treinamento internas e externas e lobby.

Design geométrico

A volumetria da edificação possui o formato de um tetraedro, com planos inclinados que se voltam para baixo e transmitem a sensação de ela estar flutuando sobre o espelho d’água. Essa conformação triangular do prédio, aliás, acompanha o desenho do lote de 6,7 mil m², que segue sobre um leve aclive.

Um painel adesivado reproduz a Gruta da Lagoa Azul – cartão-postal da cidadeFoto: Erich Sacco

Quanto à estrutura, o arquiteto explica que a angulação do projeto teria melhor exequibilidade através da construção metálica, concebida predominantemente em treliças e pilares metálicos. “Ela foi praticamente montada no local, visando o menor impacto ambiental possível no perfil natural do terreno”, enfatiza.

Em boa parte revestida de alumínio composto, a fachada do SEBRAE de Bonito ainda é composta por planos de vidro inclinados, que resultaram na geometria do prédio. Ambos os materiais cumprem, sobretudo, a função de isolamento térmico, quesito importante tendo em vista as altas temperaturas da região.

Outros detalhes procuram enaltecer os cartões-postais da cidade. O espelho d’água, por exemplo, foi revestido de pastilhas de porcelana verde, que remetem à tonalidade das águas do Rio Formoso – principal afluente do município. Já no lobby, o painel adesivado estampa a Gruta do Lago Azul (destino conhecido como uma das maiores cavidades inundadas do mundo), enquanto as paredes do circuito de rampa interno foi pintada da cor anil, tal como as águas da caverna.

Processo construtivo sustentável e edifício autossuficiente

Segundo Gil, a proposta para o projeto do Sebrae Regional Sudoeste estava completamente embasada no conceito de sustentabilidade. Sem contar o processo construtivo, que procurou intervir minimamente na topografia original, os materiais foram escolhidos seguindo essa diretriz.

Inclinados e direcionados para o chão, os planos transparentes da fachada absorvem menos calor. “Eles são feitos de vidro insulado eco-lite, que diminuem ainda mais a incidência solar nos ambientes internos”, acrescenta o arquiteto. Já as vedações externas recebem painéis de laminado melamínico com isolamento térmico em poliuretano enclausurado, enquanto o interior ganha gesso acartonado.

O edifício possui ventilação natural constante através da captação de ar no piso, proveniente do espelho d’água, que atravessa o pé-direito e sai por um lanternim. “Junto às telhas termoacústicas da cobertura, eles promovem a aeração e diminuem a necessidade de acionamento de sistemas de ventilação mecânica”, esclarece Gil.

Ainda assim, painéis fotovoltáicos e sistema de reutilização das águas pluviais promovem a autossuficiência da edificação.

Escritório

  • Local: MS, Brasil
  • Início do projeto: 2013
  • Conclusão da obra: 2016
  • Área do terreno: 6771 m²
  • Área construída: 718 m²

Ficha Técnica

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