A sede do Sinduscon Grande Florianópolis é composta por dois edifícios: um deles já existia no local e sofreu um retrofit, o outro prédio foi idealizado e associado à construção original. Assim, essa nova edificação teve de se adequar ao prédio já existente.
Pelo fato do projeto original ser de característica modernista, com estrutura e modulação bem demarcadas especialmente nas lajes, optou-se por deixar o máximo delas sem revestimento ou forro. Assim, a história construtiva do edifício fica à mostra.
“Foi respeitada a linguagem arquitetônica presente na edificação, dando continuidade ao projeto”, diz Cristina Maria Silveira Piazza, uma das arquitetas responsáveis, juntamente a Maria Lúcia Mendes Gobbi e Marília Ruschel.
O projeto como um todo deveria contemplar questões funcionais bastante específicas e de caráter racional, já que a nova sede do Sinduscon está instalada metade em uma edificação reformada, onde ficaram as funções corporativas, e metade em uma edificação nova que abriga as funções sociais. Na parte construída, que abriga as áreas sociais da sede (auditórios e confraria), a preocupação foi integrar ao entorno imediato e ao prédio existente.
Todas as escolhas, na adaptação, foram pensadas para favorecer a insolação, climatização e iluminação. “Os vidros das fachadas garantem baixa absorção do calor. Na parte interna, na junção entre as duas edificações, foi criado um jardim vertical, responsável por criar um microclima, e assim baixar a temperatura interna no prédio”, conta Cristina Piazza.
Palestras, debates, reuniões e afins são atividades corriqueiras em um sindicato. Os auditórios, portanto, são elementos essenciais. “Como existem dois na edificação, foram tratados acusticamente. Para garantir um excelente desempenho nos ambientes, foi realizado um projeto acústico, com dosagem dos materiais absorventes e refletivos, de maneira equilibrada. Assim, foi utilizado desde painéis acústicos, carpetes, até revestimento de piso em bambu”, descreve Cristina, uma das arquitetas responsáveis.
Como são três escritórios envolvidos no projeto, e cada qual com arquitetas de expertises distintas, o projeto absorveu características das três profissionais – Cristina Piazza, Maria Lúcia Mendes Gobbi e Marília Ruschel. Em comum, elas desenvolveram os pilares sobre os quais o projeto foi centrado: “qualidade, sustentabilidade, atemporalidade”. Considerando que os ambientes são de permanência estendida, foi importante definir um mobiliário que atendesse aos usuários de forma plena e correta. Assim, todos os móveis especificados seguem aspectos de conforto, ergonomia, qualidade e garantia.
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