Osaka é a franquia de restaurantes – já estabelecida em território sul-americano, como Peru, Argentina e Chile – que há pouco tempo instalou-se no Brasil, mais precisamente em São Paulo (SP), no bairro do Itaim Bibi. Servindo-se das culinárias japonesa e peruana, a casa foi projetada pelo escritório Korman Arquitetos, que aproveitou as características culturais desses dois países para conceber o espaço.
Carina Korman, uma das responsáveis pelo projeto arquitetônico junto ao argentino Ariel Chemi, conta que a reforma total do edifício (hoje com 450 m²) compreendia a ampliação dos ambientes e a construção de uma nova fachada.
Além dessas premissas, os arquitetos deveriam seguir alguns padrões de estilo já determinados pela rede Osaka, como os detalhes da marcenaria e o uso de cores mais escuras. Entre matizes preto, marrom escuro e cinzas, o restaurante é especialmente marcado por elementos naturais, como madeira, pedras, além de muita vegetação.
Baseado nisso e numa arquitetura contemporânea, o projeto se destaca, sobretudo, pelo desenho dos painéis de ferro e das portas em marcenaria com traços peruanos (entrada e salão), bem como o forro de madeira em estilo japonês (mezanino).
Na frente do Restaurante Osaka, a varanda atrai a atenção das pessoas. Do pé-direito duplo pendem grandes lustres em ferro bronze, que ainda ganham a companhia do painel em pastilhas de madeira, bem como de grandes vasos com a espécie Phoenix e do jardim vertical composto por vegetação verde e orquídeas. Nos móveis aparecem outros materiais naturais: fibra natural revestindo as cadeiras e tampo de bambu nas mesas. Além disso, grandes portas de ferro de correr, que servem para fechar a varanda em relação à rua, exibem desenhos geométricos peruanos.
Dividindo os ambientes internos, esses mesmos painéis tipicamente peruanos se repetem no salão do restaurante, porém, executados em madeira. Nesse ambiente, distribuído entre sushi bar e bar, surgem as principais referências à cultura japonesa, tais como a escultura de bonsai e o forro em madeira que se transforma em peitoris no mezanino.
A arquiteta Korman acrescenta que a composição do salão opta por tons mais escuros, com piso em porcelanato imitando pedra preta, paredes revestidas de tijolinhos pintados de cinza, além de mesas e cadeiras em madeira wengue. No entanto, o maior destaque do espaço é o lustre central que imita um ninho gigante e aproveita o pé-direito duplo.
Separada da varanda por um grande fechamento em vidro, a escada que leva ao mezanino é feita em balanço de madeira guaiuvira, com jardim abaixo e parede ao fundo estampando troncos de madeira.
Antes de subir para o andar superior, o cliente se depara com um lounge preparado com sofás, mesas baixas, bancos de tora de árvore e decoração em palha. “Além de criar um ambiente aconchegante, esses objetos reafirmam o conceito que prioriza elementos naturais”, expõe.
Já no salão superior, a ideia dos arquitetos era planejar um ambiente diferente, sobretudo, em relação aos materiais. Por isso, foram escolhidos pisos de madeira e papel de parede com textura em tons de prata.
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