Situada num condomínio tradicional da Chácara Flora (bairro da zona sul de São Paulo), a Residência RF pode até parecer pequena se comparada ao tamanho do terreno, mas é o oposto disso. Dos 4 mil m² disponíveis, a casa atinge mais de mil m² com a construção de dois volumes separados, que foram dispostos em “L” em ângulo superior a 90°. A equipe do Reinach Mendonça Arquitetos Associados, escritório responsável pelo projeto arquitetônico, abriu esses blocos para a face norte, de onde é possível obter a melhor vista a partir da composição do jardim, com a piscina e, mais ao fundo, a quadra de tênis.
Conforme explicam os arquitetos Henrique Reinach e Mauricio Mendonça, a concepção do projeto baseou-se em aproveitar o declive natural do terreno, porém, sem alterar demasiadamente sua topografia natural. “Assim, pensamos numa sequência de planos, formando dois blocos e mantendo uma harmonia entre interior e exterior”, escrevem.
Apesar de manterem o mesmo estilo, esses dois volumes apresentam diferenças em relação à implantação do programa. Naquele que permite o acesso à morada, por exemplo, os ambientes se distribuem apenas em dois níveis. No primeiro andar estão a área social e a biblioteca, enquanto o andar superior dedica-se quase exclusivamente à suíte máster. Esse ambiente desfruta da varanda, de uma sala de ginástica e de um escritório, cujos espaços também podem ser acessados pelo térreo através da escada metálica que fica entre a sala de estar e a biblioteca.
Já no outro bloco, foram estabelecidos três pavimentos: garagem e áreas de apoio no piso inferior; cozinha, serviços e jantar no térreo; e dormitórios no superior.
Mesmo sendo independentes, os volumes são interligados por um módulo de pé-direito duplo, onde situa-se a circulação vertical. Essa área se abre para o jardim através dos panos de vidro que recebem ainda elementos metálicos pintados de branco tal como o acabamento da alvenaria.
Além desses materiais, pedras foram utilizadas no lado de fora da Residência RF, como em muretas e paredes. Segundo os arquitetos, “elas contrapõem-se à volumetria branca predominante nas fachadas”, da mesma forma que os painéis de madeira dos dormitórios. “Eles dão a privacidade necessária às áreas íntimas, ao mesmo tempo em que compõem o exterior da casa junto com os discretos painéis de vidros das áreas sociais”, descrevem.
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