Localizado no Parque Tecnológico da UFRJ, na Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, o Centro de Pesquisas da EMC, empresa líder mundial em big data, teve seu projeto arquitetônico assinado pelo arquiteto Paulo Musa. O prédio foi construído em um terreno plano de 3.000 m² e totalmente adaptado para o desenvolvimento de tecnologia para armazenamento, segurança e interpretação de grandes volumes de dados.
Para abrigar as diferentes atividades do Centro de Pesquisa da EMC, foi preciso setorizar. Um dos setores é utilizado pelas equipes de vendas dos serviços oferecidos para os clientes da companhia através do Briefing Center; outro local foi destinado para armazenamento de dados (equipamentos de T.I.), conhecido por Lab (laboratório). Por fim, foram criados escritórios para pesquisas e desenvolvimentos de softwares.
O edifício possui estrutura de concreto armado com lajes nervuradas. As quatro fachadas receberam tratamentos diferenciados, mas todas utilizam vidros low-e. Com exceção da sul, as fachadas também receberam brises-soleils, que formam um novo plano, mais externo que a pele de vidro.
“Os brises horizontais de alumínio têm seção elíptica e estão fixos sobre montantes de alumínio, que por sua vez estão apoiadas sobre platibandas de concreto”, explica Musa.
A busca pelo selo LEED Gold orientou os profissionais na escolha da proteção solar adotada, que incluiu pérgola, brises, vidros low-e e os diversos planos de fachada. A pérgola de concreto armado e aço revestido por ACM foi usada sobre um terraço coberto com vidro. Trata-se de uma estrutura leve, pois apresenta um balanço de 6 m sobre o trecho envidraçado. Sua função é gerar mais conforto térmico e reduzir o uso de ar-condicionado.
O Centro de Pesquisas da EMC recebeu o certificado LEED Gold em 2015. Essa certificação foi um pré-requisito para a projeção exigido pelos idealizadores da obra. O arquiteto contou com a ajuda da consultora do núcleo de sustentabilidade da Concremat, Carolina Vergnano, e a simulação energética foi feita pela empresa Kema.
O projeto buscou, ainda, atender às regras do Parque Tecnológico da UFRJ quanto à área total edificável (ATE), que preveem 5 m de afastamentos frontais e laterais, 20 m de altura para gabarito e 50% de taxa de ocupação.
Segundo Musa, como a Ilha do Fundão é pouco abastecida de transporte público, foram projetadas vagas de estacionamento de forma a garantir o conforto de funcionários e clientes do Centro de Pesquisa da EMC. Pilotis foram colocados para liberar a visão no pavimento de acesso e permitir uma boa circulação de ar.
Devido à implantação de soluções sustentáveis – como sensores de iluminação que controlam as luminárias dimerizáveis de acordo com a luz exterior; concregrama nas vagas do estacionamento para a reduzir a radiação solar; reúso de águas pluviais; e permeabilidade e jardinagem do terreno –, o projeto atendeu a conceitos de eficiência energética, acessibilidade, automação, construção econômica e sustentabilidade.
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