Quando uma família paulistana convidou o escritório de arquitetura Pascali Semerdjian Arquitetos para projetar a sua nova morada, pediu algo simples e que fosse rapidamente executado, como um sistema estrutural misto, com concreto armado e estrutura metálica. Assim nasceu a Casa MMS, um lar singelo e confortável.
Os arquitetos Domingos Pascali e Sarkis Semerdjian contam que antes de buscarem inspiração, houve a necessidade de encaixarem um vasto programa dentro de um terreno com 245 m². “Não queríamos que o projeto arquitetônico parecesse comum, como uma caixa de madeira sobre uma de concreto ou vice-versa”, comentam.
A busca pela simplicidade manifestou-se de forma natural durante o processo de construção da Casa MMS, a começar pela fachada. A entrada da residência é marcada por tijolos desenvolvidos pelo escritório de arquitetura em parceria com o fabricante, que aparentam se decompor no topo da edificação . Em contraste com a rigidez desse material, os acessos e aberturas foram bem definidos com molduras em chapa de aço verdes e brancas. Assim, criou-se uma entrada lúdica em meio ao cinza da cidade.
O programa da residência foi organizado em 411 m² e distribuído em quatro pavimentos. No subsolo ficou a área de serviço; no térreo, a garagem e o setor social; no pavimento superior, as suítes; e na cobertura, a sala íntima, o escritório e o terraço.
Para Pascali e Semerdjian, o mais interessante desta casa é a valorização de ambientes integrados, além da simplicidade do projeto, que possibilita a criação de diversos cenários, devido ao trabalho com as luzes direta e indireta. “Os espaços social, íntimo e de serviços bem definidos auxiliam na integração. Entre o banheiro e o closet das suítes dois e três, projetamos uma divisória de aço inox e vidro canelado que permite a iluminação natural do espaço”, mencionam os arquitetos.
A implantação centralizada no lote e o eixo central de circulação vertical permitiu a criação de espaços de convivência integrados, iluminados e ventilados. Mesmo recluso, o subsolo também é bem iluminado e ventilado por um pátio de apoio. Todos os ambientes têm contato com a área externa, seja por aberturas para a rua na altura da copa das árvores, seja para o belo jardim tropical.
O projeto de paisagismo, assinado por Rodrigo Oliveira, foi feito em um pequeno espaço, mas nem por isso deixou de ser impactante, enriquecendo o projeto.
“Não queríamos ter revestimentos nem decorações onde não fossem necessários”, revelam os arquitetos sobre o projeto de interiores da Casa MMS. Para isso, Pascali e Semerdjian desenvolveram um design enxuto, tentando sempre aliar elementos decorativos e funcionais, como o mobiliário original brasileiro dos anos 1950 e 1960 de grandes designers, como Sergio Rodrigues e Jorge Zalszupin.
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