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Casa Alpha

Casa Alpha
Volumetria estendida à natureza, circulação fluida e ambientes integrados marcam o projeto da Casa Alpha, de autoria do Otta Albernaz Arquitetura. Imagens: Ronaldo Rizzutti
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Dialogando com o exterior

Texto: Vitória Oliveira

A configuração do terreno – levemente elevado – auxiliou na definição do partido arquitetônico: de todos os espaços é possível contemplar a paisagem local. Por Otta Albernaz Arquitetura.

A Casa Alpha teve todas as fachadas cuidadosamente pensadas para garantir o diálogo entre o exterior e o interior, sem renunciar à privacidade e conforto dos moradores.

Na face voltada para a esquina, o muro de divisa foi suprimido para incorporar ao recuo uma área verde pertencente ao condomínio, inserindo-se no contexto edificado sem rupturas ou delimitações, permitindo liberdade volumétrica, amplitude visual e acessibilidade nesta empena.

Ao abrir mão do recuo, os arquitetos pensaram de maneira discreta e ágil a integração e o convívio com os jardins externos públicos, já que a articulação temporária do acesso principal entraria em dissonância com o partido arquitetônico e a interação desregrada com o paisagismo interno.

Espaços verdes

Na área do deck e da piscina, foram escolhidas espécies de vegetação que, futuramente, proporcionarão a privacidade necessária aos moradores Foto: Ronaldo Rizzutti 

O paisagismo é parte integrante do projeto e foi pensado para ser vislumbrado por onde quer que se contemple a residência. Na área do deck e da piscina, ancorado ainda no conceito de permeabilidade visual, foram escolhidos espécimes que proporcionarão a privacidade necessária aos moradores.

O jardim interno, com uma jabuticabeira madura, acentua a brasilidade do projeto, que é reforçada pela presença de 2 exemplares de pau-brasil, árvore que batizou nosso país e dá nome à rua em que está localizada.

Inspirado nos trabalhos de Erwin Hauer, foram utilizados os cobogós raízes, elementos vazados de autoria da artista plástica Ana Paula Castro. Juntas, as peças formam desenhos particulares que remetem as raízes das plantas e provocam sensação de continuidade e de infinidade.

Essa trama vazada em cobogós, que contribui para a exploração da plasticidade da textura das fachadas, por outro lado também é um elemento adicional a garantir maior privacidade aos moradores.

A justaposição e articulação entre pavimentos, por sua vez, se destaca não só em função do jogo de luz e sombra proporcionado pelas projeções de seus balanços estruturais, mas também pelo efeito de descolamento que existe a partir de um trecho recuado, entre vigas, que legitima a conexão entre os blocos.

O volume íntimo, por sua vez, assume um caráter imaculado, em pintura na cor branca, cujo aconchego dos brises em tons de madeira e o trecho entre janelas pintado em cor preta garantem singela suavidade na composição arquitetônica.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Conclusão da obra: 2021
  • Área construída: 484 m²

Ficha Técnica

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