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Edifício Casa América

Edifício Casa América
O escritório Oficina Conceito Arquitetura projetou o edifício Casa América em uma rua arborizada de Porto Alegre. Imagens: Rodolpho Reis
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Nostalgia contemporânea

Texto: Nuri Farias

O número 279 da Avenida América, um local tranquilo e arborizado na cidade de Porto Alegre/RS, foi escolhido pelos arquitetos Daniel Billig, Guilherme Nogueira, Maurício Rissinger e Tiago Fritzen, sócios no escritório Oficina Conceito Arquitetura, para abrigar um edifício residencial enxuto e contemporâneo, com seis apartamentos distribuídos em 748 m2 de área construída.

O projeto arquitetônico do Edifício Casa América, cujo nome homenageia a atmosfera caseira e tranquila da rua onde fica, foi idealizado para ocupar um terreno de 256 m², escolhido em parceria com a incorporadora MKS Empreendimentos e a equipe do OCA. Estruturado em concreto armado tradicional, tem paredes adossadas às suas divisas. “Essa característica determinou a quantidade de duas unidades por andar, bem como a necessidade de ampliar ao máximo as aberturas das fachadas de cada, permitindo a entrada da iluminação natural e de um melhor enquadramento com a massa arbórea pelos moradores”, contam os autores

Identidade sensorial

O projeto deu o máximo de atenção às áreas condominiais. Para isso, idealizou-se a criação de uma identidade sensorial única, começando pela fachada e passando por todos os setores, como as garagens, a circulação de acesso aos apartamentos e o telhado verde.

Os arquitetos recorreram à materialidade orgânica, às cores quentes e a intervenções artísticas para transmitir uma energia intimista e aconchegante aos moradores, fazendo com que não se sintam em casa apenas da porta de seu apartamento para dentro, mas sim a partir do momento em que entram pela garagem.

Mesmo com a escala reduzida, o prédio conta com seis apartamentos. Todos possuem layout flexível, e suas plantas personalizáveis permitem que o estilo de cada morador possa se integrar com os espaços.

A materialidade orgânica, combinada a cores quentes e intervenções artísticas, transmite uma energia intimista e aconchegante aos moradoresFoto: Rodolpho Reis

Garagem surpreendente

De forma muito interessante, a garagem é considerada o ambiente mais atraente do projeto. “Foram utilizados o amarelo, o cinza e o preto, porém em uma nova roupagem, mais arrojada”, revelam os sócios.

Uma intervenção artística de 30 m cobre uma das paredes da garagem, logo na entrada do portão de acesso social e de veículos, com a finalidade de receber todos os que adentram o edifício.

Materiais e revestimentos

Os autores do Edifício Casa América declaram que os materiais escolhidos para a circulação condominial, como o tijolo rústico, o granito, o basalto e o porcelanato, e para a fachada, como o tijolinho rústico e a pastilha cerâmica, colaboraram para o estabelecimento de uma identidade visual e para a baixa necessidade de manutenção, objetivando a durabilidade mecânica e estética.

“O tijolo maciço, por exemplo, além de ter grande durabilidade, comporta-se como um ser vivo, revelando em si próprio a passagem do tempo e o envelhecimento, ao mesmo tempo em que ganha um caráter estético único”, observam os arquitetos.

Telhado verde

No último pavimento, foi projetado um espaço de lazer e contemplação. O terraço vegetado possui tecnologia que dispensa rega diária e maiores manutenções, graças à contínua presença de água e nutrientes em sua base.

Esse ambiente, além de oferecer aos moradores uma vista plena da cidade, oferece aos vizinhos de prédios do entorno uma vista mais agradável quando comparado aos telhados convencionais, já que eles ganharam mais uma área verde em sua paisagem.

Contraste de texturas

A rusticidade do tijolo na fachada projeta um volume levemente deslocadoFoto: Rodolpho Reis

As linhas neutras e atemporais da fachada do Edifício Casa América reforçam a linguagem estética do condomínio, unindo o vintage ao contemporâneo. “A presença dos tijolos de barro cria uma atmosfera não só de conforto, mas também de nostalgia aos moradores, remetendo-nos às origens das técnicas construtivas”, mencionam os autores.

A rusticidade dos tijolinhos é entremeada pelo volume levemente deslocado das porcelanas pretas, que, assim como os painéis de vidro, evidenciam as diferenças estéticas de cada material, oferecendo um contraste marcante de texturas e reflexos.

Na entrada norte, foram utilizados brise-soleils. Eles servem como filtro da iluminação direta e asseguram o controle térmico, juntamente com a laje vegetada. “Nas janelas, junto ao poço de iluminação, os brises garantem privacidade e evitam a frontalidade do contato visual entre as janelas opostas, resguardando a intimidade dos moradores”, concluem os arquitetos do Edifício Casa América.

Escritório

  • Local: RS, Brasil
  • Início do projeto: 2013
  • Conclusão da obra: 2015
  • Área do terreno: 256 m²
  • Área construída: 748 m²

Ficha Técnica

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