O projeto arquitetônico simples e prático da Imobiliária Kogake, desenvolvido em 2016 pelo escritório Obra Arquitetos, destaca-se em meio à paisagem urbana de São José dos Campos/SP, onde está inserido em um terreno de 300 m². “O edifício é aberto para a cidade, o que confere transparência à imobiliária. Todos os ambientes ficam visíveis”, declara o arquiteto João Paulo Daolio, completando: “Para seguir exatamente o que foi proposto no gabarito, optamos por projetar o edifício crescendo para baixo”.
Respeitando a área permitida pela legislação e necessária para abrigar todo o programa, em função do gabarito máximo de 8,70 m, optou-se por construir um subsolo e colocar boa parte do programa nesse pavimento.
Graças a essa solução, os ambientes foram divididos em dois grupos. Com pé-direito duplo, a área de grande circulação, que engloba programa de atendimento ao público e os corretores, ocupa o andar de baixo. Já em cima fica o administrativo, mais preservado. O acesso da rua fica no nível intermediário e abriga a recepção e uma pequena agência de financiamento imobiliário.
O projeto contou com técnicas construtivas secas – que dispensam o uso da água – e de alto rendimento, como a estrutura feita de aço, com exceção dos arrimos do subsolo, e as lajes feitas em steel deck.
Outra solução prática é o estacionamento no recuo da calçada, o que facilita as boas-vindas aos clientes “A imobiliária, que faz uso da cidade para poder existir, é completamente aberta e cria um espaço livre com a calçada”, observa Daolio.
Os arquitetos utilizaram cores para demarcar e criar homogeneidade entre interior e exterior, não diferenciando nenhum dos andares do edifício.
As vigas e os pilares foram pintados na cor preta, definindo claramente o sistema construtivo. Já os pisos, tanto a camada de epóxi do primeiro e segundo pavimentos quanto as placas de aço e a parte externa, foram pintados em uma tonalidade caramelo. Os forros, por sua vez, receberam a cor branca, assumindo um papel neutro entre a estrutura e os pisos e refletindo sutilmente as cores desses elementos.
As paredes externas têm a mesma tonalidade da estrutura e contrastam com as fachadas de vidro, enquanto as paredes internas assumem função semelhante à do forro, pintadas na cor branca.
A transparência do projeto garante a presença da luz em todos os ambientes: “As aberturas têm tamanhos e posições propícias para que haja iluminação natural em grande parte do edifício”, finaliza Daolio.
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