Converter um mosteiro do século XVII em hotel e incluir um novo spa em seu exuberante jardim foram as missões do noa* (network of architecture) neste projeto, localizado em Arco, na Itália. As intervenções tiveram como premissa conservar o encanto da arquitetura original, bem como seu ambiente de paz e meditação.
“A majestade e o rigor arquitetônico, os longos corredores, os tetos abobadados, todas essas características se combinam para conferir a esses espaços uma verdadeira percepção do mundo antigo”, comenta Francesco Padovan, arquiteto do noa*.
Para a renovação e conversão do mosteiro e seus interiores em hotel – o qual recebeu o nome de Monastero Arx Vivendi –, foram criados espaços comuns (recepção, átrio, restaurante, bar e cozinha) no nível térreo, enquanto os quartos foram distribuídos entre o primeiro andar e o sótão.
Já o desenvolvimento da nova área de bem-estar no jardim resultou em 500 m2 de salas de relaxamento, de tratamento e saunas. “Todas essas intervenções culminaram em um hotel muito particular, um refúgio que leva o hóspede de volta no tempo, centrado na história e nas características particulares do lugar. E onde cada escolha de construção, cada material e cada detalhe foram estudados para tirar partido da majestade do complexo preexistente, exaltando-o e dando-lhe uma nova vida”, resume Padovan.
Uma curiosidade é que metade do edifício do Mosteiro Serve di Maria Addolorata ficou intocada, mais especificamente a parte que abriga a igreja e o claustro, onde ainda vivem as freiras.
O Monastero Arx Vivendi oferece 40 quartos (incluindo 2 suítes) e todos estão em plena harmonia com a localização espetacular. Do ponto de vista do design, a proposta era manter a arquitetura típica do mosteiro, preservando o traçado original dos caminhos internos e levando seu rigor geométrico aos novos volumes, prestando muita atenção na escola dos materiais e cores.
De acordo com Niccolò Panzani, arquiteto do noa* responsável pelo design de interiores, o projeto foi norteado por um total respeito pela arquitetura existente. “O design foi adaptado aos austeros espaços monásticos, sem abrir mão do conforto, da funcionalidade e da contemporaneidade estética ”, explica.
Completamente cercado por uma parede limite de 7 metros de altura, cuja aparência original foi preservada, o hotel conta com três andares, todos estruturados de forma surpreendentemente diferentes. “Os espaços concêntricos do piso térreo contrastam com o majestoso corredor do primeiro andar e depois surge a massa de vigas de madeira do sótão. Prestamos muita atenção a esta variedade de ambientes, desenvolvendo soluções que não alteraram os vários designs, mas que reforçaram o seu encanto e originalidade”, detalhou Padovan.
Recém-construído no jardim do mosteiro, o spa ganhou fechamentos em vidro e estrutura de metal que dialogam com a paisagem agrícola do entorno. O espaço inclui uma primeira área de relaxamento com espreguiçadeiras, uma área de tratamento e um segunda área de relaxamento voltada para o ‘biolake’, uma piscina de água natural com tons de azul escuro.
Em seguida, há uma terceira área de relaxamento em uma galeria aberta nos pátios verdes, as saunas (uma bio sauna e uma sauna finlandesa) e um tipo particular de hammam (banho turco).
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