Há muitos anos, os quartos aconchegantes do Parc Hotel Florian oferecem uma experiência de férias perfeitas. Situado no pé da vila de Siusi allo Sciliar, no sul de Tirol (Itália), o local de repouso tem o privilégio de ser abraçado por um amplo parque de árvores centenárias, um lago natural e uma piscina ao ar livre.
Apesar de exuberante, a estrutura da hospedaria ainda poderia ser complementada. Então, a convite da tradicional família proprietária, os arquitetos do noa* ampliaram o complexo com dez novas suítes em um edifício autônomo, que se conecta à estrutura existente, proporcionando sensação de continuidade e uma perspectiva com linguagem arquitetônica distinta.
A tarefa de aprimorar o design e a funcionalidade do empreendimento foi, certamente, um desafio para a equipe. A situação de construção era complexa. De um lado, a tradição do Parc Hotel Florian tinha de ser preservada da melhor forma. De outro, os arredores imediatos, como residências unifamiliares adjacentes, estacionamento e as próprias dependências do hotel demandaram um canteiro de obras com intervenções relativamente grandes, que exigiram muito tato, sensibilidade e equilíbrio.
No início, a ideia era desanexar o prédio de novas suítes do local original para deixar o terreno intocado e ocupar o mínimo de espaço possível, portanto, uma construção no nível do solo teria resultado na perda de uma parte considerável do terreno. Além disso, a ideia não era apenas uma fileira de quartos, mas um agrupamento ordenado de construções tipo “casa na árvore” elevadas em suporte de três metros de altura, deixando o espaço embaixo totalmente acessível.
O conceito tomou forma até chegar nas Floris Green Suites: ao final da passarela de ligação que compõe a espinha dorsal do novo anexo, está a estrutura de dois andares que abriga as unidades com cinco suítes em cada andar, todas com vista para o parque.
A fim de tornar o complexo arquitetônico ainda mais dinâmico, os quartos foram colocados um acima do outro em um leve ângulo diagonal, criando a impressão de uma estrutura natural que preserva o olhar para o horizonte.
O resultado da obra foi alcançado com êxito. Apesar da abertura arquitetônica, a aparência de todo o edifício é preservada, uma vez que se aninha na paisagem do parque. Com base ancorada, fachada frontal de vidro e revestimento de madeira que confere um grau de tranquilidade uniforme, o conjunto aliado ao projeto de interiores superintimista confere aos hóspedes a sensação proteção e conforto de suas próprias casas.
A decoração foi projetada em torno de um verde suave intercalado com tons de cinza, contribuindo para a proposta do ambiente. Na origem do conceito geral estão as coberturas de tecido, azulejos e superfícies pintadas, que ajudam a fundir o interior e o exterior. O piso de carvalho fumado, acessórios e elementos de banheiro em um tom contido de preto misturam-se harmoniosamente.
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