O Parque Tancredo Neves, localizado na orla da Baía de Vitória, na capital do Espírito Santo, teve como objetivo principal dotar uma importante área pública da cidade com uma estrutura capaz de atender a população no segmento de lazer e esporte. Como suporte, foram projetados diversos equipamentos dentro das especificidades técnicas, que contribuem e valorizam para o patrimônio público.
O projeto define-se por setores específicos de uso: recreativos e esportivos. A ocupação pode ser considerada de uso público. “As duas áreas dominantes do empreendimento são o Parque, que reúne locais de lazer e recreação abertos à população, e o Setor Esportivo, onde estão disponíveis todos os equipamentos para a prática de esportes recreativos e de competição”, conta o arquiteto Francisco Spadoni, autor do projeto.
A definição geográfica segue a orientação dos campos esportivos nos quadrantes norte e sul, que estabelece a lógica do desenho complementar do espaço. Em uma única ideia, o parque é pensado como um contorno que envolve a orla, alinhado como um continuum.
A passarela suspensa tem dupla função de acessibilidade aos principais equipamentos esportivos – ginásio de esportes; arquibancadas e academia popular – e de contemplação da paisagem ao redor, por estar a quatro metros do nível solo.
Projetada com estrutura mista, de concreto armado para as colunas e vigas metálicas para suporte do piso, a passarela tem o tablado de piso feito com material sintético de madeira plástica. “Trata-se de um elemento agregador, não apenas do espaço do parque, mas de todo o conjunto construído. A passarela desempenha o papel de rua suspensa e de rua coberta. Uma linha habitável que percorre o horizonte sem obstruir a vista do mar” relata Francisco.
De acordo com o arquiteto, “Como complemento ao eixo da passarela está o trajeto da orla. É um grande caminho do projeto, por localizar-se exatamente entre o parque e o mar. Orla e passarela organizam o parque e são complementados quase perpendicularmente pelas faixas de paisagem que terminam nos píeres”.
A área de paisagismo fica por conta de um sistema diversificado de espécies. São árvores de grande, médio e pequeno porte, incluindo as palmeiras, que reafirmam a riqueza da flora brasileira. “A concepção paisagística considerou a somatória dos espaços abertos e a vegetação arbórea, que representa um significativo complemento dos vazios” ressalta Spadoni.
Com muitas áreas sombreadas e contornadas por extensos gramados, o conjunto proporciona aos visitantes um ambiente harmonioso e agradável. O verde em abundância também contribui para amenizar a temperatura local e valorizar a zona costeira.
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