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Colégio MOPI

Colégio MOPI
Projeto do Colégio MOPI faz referência a características do bairro e valoriza acessibilidade e sustentabilidade. Imagens: Leonardo Finotti
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Diálogo com o entorno

Texto: Nuri Farias

Com design diferenciado e salas de aula não convencionais, cada uma com um layout próprio, o Colégio MOPI está localizado em Itanhangá, uma das áreas mais arborizadas do Rio de Janeiro.

Desenvolvido pelos arquitetos Ivo Mareines (Mareines Arquitetura) e Rafael Patalano (Patalano Arquitetura), o projeto arquitetônico destaca-se pela atenção dedicada a conceitos de acessibilidade e sustentabilidade.

Estrutura sustentável

O grafismo abstrato da fachada utiliza madeira laminada de eucalipto, por ser considerada uma fonte de matéria-prima renovável de rápido crescimento.

A grande fachada sustentável está voltada para a avenida que une as zonas norte e oeste da costa carioca. Do outro lado está a floresta da Tijuca, voltada para a Pedra da Gávea. “Em referência ao bairro arborizado em que o Colégio MOPI está localizado, teve-se a ideia de fazer a fachada com uma árvore abstrata, a árvore do conhecimento”, contam Mareines e Patalano.

Apesar do volume marcante da estrutura, o a escola se insere no seu entorno. Graças ao uso placa de cobre perfurada, é possível ter uma vista livre para a paisagem. Já à noite ocorre o contrário: quem está ao lado de fora pode ver a parte de dentro. Essa inspiração veio do naturalismo orgânico de Burle Marx.

“Durante a noite o prédio adquire uma transparência que permite que o vibrante jogo de cores do interior da escola atravesse a fachada, dando a impressão de que o prédio é um organismo vivo”, completam os arquitetos.

Acessibilidade interna e externa

Todo o acesso é feito através de rampas, assim o projeto se torna 100% acessívelFoto: Leonardo Finotti

Os quatro volumes separados da estrutura se conectam por meio de varandas de circulação. A planta do Colégio MOPI, em formato de “U”, é voltada para as vistas e paisagens locais. Dois desses volumes são elípticos, onde estão localizadas as salas de aula, e voltados para a avenida. Já os outros dois, em que ficam as salas complementares, como de arte, ciências, computação e biblioteca, são em forma de gotas d’água.

O fato de dividir o prédio por esses volumes facilita a circulação de ar e o resfriamento natural das salas, bem como deixa evidentes as diferentes funções de cada um, servindo como forte referência visual. "Vidros translúcidos duplos são usados como fechamento para as salas de aula e as inundam com luz natural, sem distrair os alunos”, explicam Mareines e Patalano.

Além disso, o modo como os vidros foram aplicados ajuda no isolamento acústico. Os painéis em ACM perfurado servem para guarda-corpo da circulação externa e proteção contra a incidência solar de toda a fachada do Colégio MOPI.

Sustentabilidade evidente

Os arquitetos apontam que medidas como captação de água das chuvas estão em todo lugar e são visíveis principalmente na arena, onde dois grandes tubos de queda amarelos captam água para regar as plantas, descargas dos sanitários e limpeza da escola. “Há outras medidas sustentáveis, como utilização de placas solares para aquecimento da água dos chuveiros e temporizadores em todas as torneiras”, concluem.

Escritório

  • Local: RJ, Brasil
  • Início do projeto: 2009
  • Conclusão da obra: 2015
  • Área do terreno: 5.330 m²
  • Área construída: 5.610 m²

Ficha Técnica

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