Ao projetar a reforma da sede da StoraEnso em São Paulo, o objetivo do escritório Moema Wertheimer Arquitetura era criar um programa inovador, no qual o conceito da empresa estivesse explícito por todos os ambientes.
“Como se trata de uma empresa do ramo de celulose, com renovação de materiais, fizemos questão que o projeto tivesse a certificação LEED. Também trouxemos para a planta o conceito de open space, uma vez que a empresa ainda tinha um formato de salas fechadas”, ilustra a arquiteta Moema Wertheimer.
StoraEnso é a fusão de duas empresas: Stora, finlandesa, e Enso, sueca. Assim, as arquitetos buscaram trazer para o projeto acabamentos e materiais que são utilizados nesses países. O conceito de open space também tinha como proposta trazer mais conforto e sinergia entre os funcionários. “É um projeto que se destaca pelo fato de todos os materiais utilizados serem sustentáveis e por possuir o selo LEED Gold”, conta a arquiteta Thammy Cervi, do mesmo escritório.
A maior dificuldade encontrada pelos arquitetos durante a intervenção realizada no andar da StoraEnso foi atuar de modo sustentável em um edifício que não havia sido executado com os mesmos princípios. “Uma das soluções que encontramos foi construir coleta seletiva de materiais na área de lixo do andar e também um bicicletário no subsolo”, comenta Wertheimer.
Com exceção das salas de reunião – nas quais foram usadas divisórias comerciais com película jateada –, todos os ambientes foram planejados seguindo um conceito de open space.
O projeto conta, ainda, com cafeteria e lounge, onde são realizados reuniões e comunicados informais da empresa StoraEnso.
“Na recepção, trabalhamos com a madeira. Aplicamos vidros na cor branca nas paredes e no balcão. Para revestimento do staff, usamos carpete. Nas áreas como o café e o lounge, usamos revestimento em vinílico e, nas divisórias comerciais, usamos vidro duplo”, explica Cervi.
A madeira predomina no projeto. Ela está no acabamento do piso da recepção, com um vinílico madeirado; no lounge, onde foi usada folha de madeira natural; e na caixa dos armários do mobiliário.
Vidro é outro material que se destaca bastante nos ambientes da StoraEnso. Ele foi aplicado na recepção, para dar sensação de amplitude ao ambiente; nas divisórias duplas com película jateada; e em uma das salas de reunião, fornecendo total transparência.
Nas áreas integradas, foram adotadas luminárias técnicas. No café, foram usadas luminárias focais e pendentes. Por fim, fitas de LED foram usadas nas marcenarias e na iluminação do projeto de paisagismo. “Um destaque da iluminação é um sensor de luminosidade no perímetro da fachada que se acende de acordo com a iluminação natural”, relata Cervi.
A proposta do projeto de paisagismo era arborizar o ambiente de forma a trazer o verde para dentro do escritório da StoraEnso. Todas as plantas utilizadas no andar são naturais. “Adotamos plantas resistentes ao ar-condicionado, com diferentes alturas e estéticas para atender às diversas tipologias dos ambientes”, finaliza Wertheimer.
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