A Casa Parque das Bromélias foi projetada pelo escritório Monteiro Martins Arquitetura e Urbanismo para que sua estrutura se tornasse parte da natureza que a rodeia. A premissa era que o projeto arquitetônico interferisse o mínimo possível no local e que todos os ambientes se conectassem com o entorno. Assim, os moradores sentiriam o aconchego proporcionado pelas plantas.
O terreno em que a residência foi construída encontra-se a 9 km do centro de Juiz de Fora (MG) e está na cota mais alta de um loteamento rural. “A topografia da região nos fez estudar melhores soluções para fundações, níveis e acessos. Neste caso, não foi diferente. Exploramos o lote em declive e criamos platôs para vencer as curvas de nível, o que resultou em uma casa que toca o solo em todos os pavimentos”, revela o arquiteto Saulo Monteiro.
Os moradores da Casa Parque das Bromélias queriam uma residência simples, que lembrasse a São João del-Rei, no Sudeste de Minas Gerias, sua cidade natal. O terreno de 3.987 m² é cercado pelo Mar de Morros Mineiro, proporcionando uma belíssima vista para o vale.
O volume da residência foi apoiado ao solo para que o contato com a paisagem não fosse perdido de jeito nenhum, preservando a topografia e configurando o partido projetual, que aconteceu de forma natural, sem pressão e com toda liberdade possível.
Atendendo ao desejo dos proprietários, os profissionais se inspiraram na em casas construídas com materiais naturais próximas a montanhas.
A esplanada de acesso recebeu um muro de pedra bolão, que faz referência à cidade natal dos moradores. A entrada é marcada por um caminho de paralelepípedos que direciona quem chega da rua até o pavilhão de convivência da casa. Nele, o mobiliário demarca os espaços e direciona o olhar para a bela área externa.
O eixo de circulação – o coração da Casa Parque das Bromélias – distribui os fluxos de forma sutil e personifica o projeto. “Usamos os setores da residência divididos em níveis, ou seja, a cada meio pavimento pode-se acessar uma parte da casa. O ambiente social, salas, cozinha e varanda são totalmente integrados”, comenta o arquiteto.
O salão tem acesso a um pátio voltado para o lado oposto do vale e para a varanda, onde moradores e convidados podem relaxar em contato com a natureza.
Já as áreas íntimas da residência foram implantadas do lado contrário do pavilhão de acesso e dispostas em andares. Subindo o lance de escadas do lado das salas de estar e jantar está a suíte do casal; descendo, encontram-se os dormitórios dos filhos. O home office fica num espaço mais reservado, logo abaixo da varanda.
A fachada da casa foi concebida com laje, viga e pilar, além de alvenaria como vedação. As paredes externas receberam plaqueta cerâmica, pedra filetada e massa grossa como acabamento. O telhado com forro de madeira também ganhou destaque no projeto. Os materiais relembram as construções do interior de Minas Gerais, a pedido dos proprietários, e dão a casa um ar de fazenda. “Usamos cimento queimado, pedra, madeira de demolição e tijolo aparente em todos os ambientes sempre de forma compositiva e de maneira a não sobrecarregar. Esses materiais foram aplicados no piso, nas paredes e no teto”, conta Monteiro.
A maioria dos móveis foi feita com madeira, fios e elementos naturais, muitos comprados em cidades mineiras.
Por fim, a iluminação natural foi explorada ao máximo. A luz adentra a casa durante todo o dia, do nascer até o pôr do sol. À noite, para deixar os ambientes aconchegantes, foi usada luz amarela.
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